Universalização do saneamento de SP traria economia de R$ 65 bilhões

O Instituto Trata Brasil apresentou o número com base nos gastos necessários para a universalização, redução de gastos com saúde e renda gerada pelo aumento da operação no segmento

Os setores mais beneficiados com a integração do saneamento são os de saúde, educação, turismo, emprego e imobiliário (crédito: docter_k/ shutterstock)

22/09/2017 | 10:41 – A universalização do sistema de saneamento básico traria benefício de cerca de R$ 64,9 bilhões em 20 anos para o Estado de São Paulo. O número, extraído de um estudo do Instituto Trata Brasil, calculou os gastos necessários para a integração do saneamento somado ao aumento de despesas que as famílias teriam para os acessos – R$ 52,9 bilhões –, subtraído pela renda gerada pelo aumento da operação no setor e a redução de custos com saúde – R$ 117 bilhões.

O prazo de 20 anos utilizado pela pesquisa foi estabelecido no Plano Nacional de Saneamento Básico, lançado pelo Governo Federal em 2014. De acordo com o estudo, a cada R$ 1.000 investido na ampliação das redes de tratamento de esgoto durante essas duas décadas, o Estado obterá R$ 2.426,00 de retorno social.

Saneamento no Estado de São Paulo

Nos últimos 10 anos, mais de 7 milhões de pessoas foram incluídas no serviço de abastecimento de água e 9,6 milhões no sistema de esgoto no Estado de São Paulo. Segundo dados do Sistema Nacional de Informações de Saneamento (SNIS) de 2015, 95% da população de São Paulo tem acesso ao serviço de abastecimento de água e 88,4%, à coleta de esgoto. A região fica acima da média nacional, uma vez que os valores de todo o país são de 83,3% e 50,3%, respectivamente.