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“Trabalhador está mais protegido no canteiro”, diz SindusCon-RJ

Texto: Redação AECweb/e-Construmarket

Em podcast ao Portal AECweb João Manoel Fernandes, presidente do Sinduscon-RJ, fala como o estado está enfrentando a pandemia de Covid-19

20/05/2020 | 12:10 - Há seis anos, a construção civil do Rio de Janeiro empregava três vezes mais que o atual contingente de 55 mil trabalhadores. Em entrevista ao Portal AECweb, João Manoel Fernandes, presidente do Sinduscon-RJ conta que sua empresa – a Cofix, empreiteira de obras privadas e públicas –, por exemplo, passou de 1,3 mil funcionários em 2019 para apenas 300 este ano.

Hoje, em plena crise da Covid-19, o setor quer recuperar o que foi perdido. A construção civil mantém seus canteiros em operação, com equipes reduzidas em cerca de 20%, em decorrência das barreiras de acesso entre cidades, prejudicando o deslocamento dos empregados.

Fernandes conta que algumas incorporadoras e construtoras do setor imobiliário decidiram adiar o início de novas obras, assim que a pandemia chegou à capital, baixada fluminense e Niterói. “Eu acho que fizeram bem”, comenta. Já os canteiros localizados nos bairros nobres da zona sul da cidade, sob pressão da vizinhança, foram paralisados, por receio dos sponsors de comprometimento das marcas. Porém, já retomaram as atividades.

O Rio de Janeiro, segundo Estado no ranking nacional de casos da doença, está com a capacidade de atendimento da rede hospitalar à beira do colapso. Para Fernandes, diante das ações de proteção à saúde, adotadas pelas construtoras nos canteiros, o trabalhador está mais seguro do que em casa. “Na Rocinha, vivem 25 vezes mais pessoas por metro quadrado do que nos bairros da zona sul, portanto, a contaminação é muito maior”, ressalta, informando que já existem casos de covid-19 entre os operários do setor.

Para o futuro do setor, Fernandes acredita que haverá grande expansão de obras do programa Minha Casa, Minha Vida.

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