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Projeção da inflação cresce em janeiro de 2023

Texto: Redação AECweb/e-Construmarket

A estimativa calculada pelo Boletim Focus, que é publicado semanalmente, reúne dados sobre inflação, taxa de juros e PIB do país

foto de um estudo com gráficos e tabelas
Apesar da redução gradual ao longo dos anos, os resultados ainda estão acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo Banco Central (Foto: Robert Kneschke/Shutterstock)

31/01/2023 | 11:26 –  O Boletim Focus publicado nesta segunda-feira (30), que é semanalmente apurado pelo Banco Central (BC), divulgou estimativas que preveem elevação na projeção da inflação oficial do país, dada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Os dados indicam crescimento de 5,48% para 5,74% durante o ano de 2023, com projeções também para os principais indicadores econômicos do setor. Além disso, são feitas previsões para os dois anos seguintes, que acreditam em inflação de 3,9% no ano de 2024. Para 2025 e 2026, por sua vez, as estimativas são de inflação de 3,5%, em ambos os anos.

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Apesar da redução gradual ao longo dos anos, os resultados ainda estão acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC, definida em 3,25% pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). O intervalo de tolerância, também estipulado pelo CMN, é de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo — ou seja, com limites de 1,75% e 4,75%.

Considerando que a projeção para o índice de 2024 também permaneceu acima da meta prevista (de 3% e com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo), o Banco Central, em carta ao Ministério da Fazenda, explicou que a inflação só permanecerá dentro da meta a partir de 2024 — ano em que deve atingir os 3%. A meta para o IPCA durante esses dois anos também é de 3%.

Em 2022, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, fechou o ano com taxa acumulada de 5,79%. A meta estava em 3,5%, com a mesma margem de tolerância, e podia variar entre 2% e 5%.

Taxa de juros

A taxa básica de juros, a Selic, é o principal instrumento utilizado pelo Banco Central para controlar a inflação, e, neste Boletim, ficou definida em 13,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A taxa está no maior nível desde janeiro de 2017, quando também atingiu o patamar de 13,75% ao ano.

Para o mercado financeiro, a expectativa é de que a Selic encerre 2023 em 12,5% ao ano. Para o fim de 2024, a estimativa é de que a taxa básica caia para 9,5% ao ano. Já para 2025 e 2026, a previsão é de Selic em 8,5%, ao final dos dois anos.

O Copom pode aumentar a taxa básica de juros para conter a demanda aquecida (encarecendo o crédito através de juros mais altos e impulsionando o uso da poupança, apesar da possibilidade de dificultar a expansão da economia) ou diminui-la, estimulando a atividade econômica (já que, com o crédito mais barato, o incentivo à produção e ao consumo cresce).

Ainda assim, os bancos consideram outros fatores além da Selic ao definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

PIB

Por fim, a projeção das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira em 2023 variou de 0,79% para 0,8%. Para 2024, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB), ou seja, a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, é de crescimento de 1,5%.

Para 2025 e 2026, o mercado financeiro estima expansão do PIB em 1,89% e 2%, respectivamente.

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