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Prédios ocupados em SP enfrentam risco de incêndio e desabamento

Texto: Redação AECweb/e-Construmarket

No total, calcula-se que os edifícios estejam ocupados por cerca de 12 mil pessoas sem-teto

foto de um prédio abandonado em sp e ocupado por pessoas sem teto
Em alguns casos, a própria população se mobiliza para realizar reparos e fundamentar estratégias que garantam a segurança dos moradores (Foto: Nelson Almeida/Reprodução)

05/12/2022 | 11:26 –  Um levantamento encomendado pela Prefeitura de São Paulo apontou que ao menos 12 mil pessoas moram em prédios ocupados que podem pegar fogo ou desabar a qualquer momento. Todos os imóveis são antigos, de diferentes épocas de São Paulo, e negligenciados pelos proprietários.

A pesquisa constata que o déficit habitacional na capital paulista é, hoje, de 369 mil domicílios — retratando um problema histórico da cidade. Quando questionada sobre o risco que essas pessoas correm, a Prefeitura afirmou que, apesar de não revitalizar todos os edifícios abandonados (devido aos custos elevados), ela se comprometeria com a reforma de pelo menos 7 ocupações, além de continuar o processo de construção de 17 mil unidades habitacionais na cidade.

A apuração averiguou que, ao total, mais de 1.400 edifícios foram notificados pelo órgão público por não cumprirem com a sua a função social — um princípio constitucional que determina que a propriedade deve servir aos interesses da sociedade, e não só do proprietário.

Segundo a Prefeitura, a preocupação com os prédios ocupados por pessoas sem-teto foi acentuada depois do trágico incêndio, em maio de 2018, no edifício Wilton Paes, no Centro. As chamas consumiram 24 andares do prédio onde famílias viviam e o acidente fez com que o órgão investisse em iniciativas que auxiliassem a população inserida nesse cenário de um modo geral. Em uma das ocasiões, por exemplo, além de determinar a reintegração de posse do prédio, também instituiu que a população fosse assistida com auxílio-aluguel e atendimento habitacional provisório.

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