menu-iconPortal AECweb

Passada a fase crítica, canteiros de obras são liberados no Ceará

Texto: Redação AECweb/e-Construmarket

Diretora da Marquise Incorporadora conta como foi ficar 70 dias com as obras paralisadas, mas também lembra do caos na saúde vivido pela população do estado, duramente atingido pela Covid-19

02/06/2020 | 15:46 - Em 23 de março passado, a Marquise Incorporadora – empresa com 47 anos de atuação, sediada em Fortaleza e com várias obras em execução – foi surpreendida pela determinação do governo do Estado de fechamento dos canteiros. “Foi um susto. Nossas obras de infraestrutura, consideradas prioritárias, tiveram continuidade, mas as de incorporação pararam”, conta Andréa Coelho de Oliveira, diretora de Incorporação, ao Podcast do Portal AECweb. Passados 70 dias, o setor se preparou para a reabertura no dia 1º de junho, porém, com limitações, como a presença de, no máximo, 100 trabalhadores por canteiro. Para a construtora, que está com suas obras imobiliárias em fase final, esse número de operários preenche as necessidades.

O retorno deverá obedecer às regras baseadas nas orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) como, por exemplo, a distribuição diária de kits higiênicos, ampliação do número de lavatórios e distanciamento de 2 m entre os funcionários. “Tudo isso vai exigir a implantação de uma logística apropriada”, comenta, acrescentando que foi liberada a volta de 30% dos funcionários de escritório – o restante continuará em home office.

Ao longo desse período, as construtoras cearenses através do Sinduscon-CE mantiveram diálogo com o governador, ação fundamental para aceitar o limite imposto, já que o estado chegou a registrar o segundo maior número de casos, depois de São Paulo. Até mesmo a maioria dos compradores de imóveis da Marquise, que deveria receber os apartamentos durante a quarentena, recebeu bem a notícia do adiamento. “Até mesmo os poucos insatisfeitos mostraram-se gratos pelo zelo, diante do caos da pandemia no Ceará”, relata Andréa Oliveira.

A área de vendas da Marquise passou a utilizar ferramentas remotas, porém houve forte impacto na comercialização. Por outro lado, a empresa dá continuidade ao desenvolvimento de projetos de novos empreendimentos, porém com cautela, observando a capacidade do mercado de absorver novos produtos. “Vemos na cadeia de materiais, o aumento do preço do cimento de forma expressiva, em plena pandemia. Nosso temor é que ocorra o mesmo com os demais insumos, criando descolamento do custo da construção em relação ao preço de vendas dos imóveis”, ressalta Andréa Oliveira.

x
Gostou deste conteúdo? Cadastre-se para receber gratuitamente nossos boletins: