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No cobre, o novo Coronavírus morre em até 4 horas

Texto: Redação AECweb/e-Construmarket

No inox e em superfície de plástico, dura até 72 horas. Por isso, desde o início da pandemia cresce a procura pelo metal que, agora, pode ser adesivado em qualquer superfície

28/07/2020 | 11:06 - Desde o início da pandemia, cresce a demanda pelo cobre – metal com propriedade antibacteriana – para o revestimento de superfícies. Em uma ação contínua, seus íons atacam e rompem a membrana dos vírus, bactérias e fungos, tornando-os inativos. É o que conta Maria Antonietta Cervetto, presidente da Associação Brasileira do Cobre (Abcobre), em entrevista ao podcast do Portal AECweb.

“Em todo o mundo já foram desenvolvidos muitos estudos que comprovam que o cobre mata bactérias e fungos em minutos. Pesquisas feitas agora concluíram que o cobre tem o poder de destruir o novo Coronavírus em até 4 horas, enquanto em superfícies de plástico e aço inox pode levar até 72 horas”, diz.

O custo do cobre é superior ao do aço inoxidável, material amplamente utilizado em ambientes hospitalares. No entanto, as bactérias vivem eternamente sobre o inox. Para Cervetto, a escolha entre um e outro metal deve ir além do custo inicial, mas considerar as consequências para a saúde e o ambiente em que será instalado. “Como o cobre ajuda no combate a fungos, bactérias e vírus, há evidente redução da infecção hospitalar. Consequentemente, resulta em economia para a instituição”, explica.

Por se tratar de um condutor, o gargalo do uso do cobre em hospitais está nas eventuais interferências que pode causar nos equipamentos eletrônicos, principalmente em UTIs. Apesar da existência de protocolos internacionais, há alguns anos a Anvisa exigiu o desenvolvimento de um protocolo brasileiro. Hoje, como existe grande interesse dos hospitais nessa liberação, o processo já teve início no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo e no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da FMUSP.

São inúmeros os usos possíveis do cobre nesses ambientes, desde bandejas de instrumentos médicos a balcões e porta soro. O metal está presente, também, em inúmeros elementos da arquitetura, de telhados a balcões de atendimento, metais sanitários a corrimãos de escadas.

“Shopping centers e outros empreendimentos já empregam o cobre na sua forma pura ou latão, que é uma liga com, pelo menos, 60% de cobre, igualmente bactericida, mas que vai demorar um pouco mais para matar o vírus”, informa.

A novidade recém-lançada no mercado brasileiro é o cobre adesivado, que permite revestir qualquer material. Entre suas características, o cobre é dúctil, portanto, se amolda às superfícies com perfeição. Os principais fabricantes de maçanetas e de metais sanitários produzem esses materiais em cobre.

Cervetto fala, ainda, sobre o futuro dos preços do cobre em função da demanda crescente. Mas, garante que o metal não vai faltar, pois há grandes jazidas e estoques em todo o mundo. Além disso, é um metal reciclável.

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