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Inflação registra queda em novembro

Texto: Redação AECweb/e-Construmarket

Apesar da redução, essa foi a maior taxa para um mês de novembro desde 2015, quando registrou 1,01%

foto de moedas e cédulas do real brasileiro
O IPCA reflete a inflação para as famílias com rendimentos de um a 40 salários-mínimos (Foto: cesarvr/Shutterstock)

12/12/2022 | 12:59  O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, foi de 0,41% em novembro. Apesar da alta, o resultado foi menor do que o registrado em outubro, de 0,59%, e em novembro de 2021, de 0,95%. Antes dos dois aumentos, o índice teve três meses de deflação — de 0,68% em julho, 0,36% em agosto e 0,29% em setembro.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o resultado foi a maior taxa registrada em um mês de novembro desde 2015, quando alcançou 1,01%. A instituição explica, ainda, que o desempenho foi influenciado pelo aumento de preços de combustíveis e alimentos. Com os números, o IPCA passou a acumular alta de 5,13% no ano, e de 5,90% nos últimos 12 meses.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta em novembro. Os maiores impactos no índice vieram de Transportes (0,83%), que inclui combustíveis, e Alimentação e bebidas (0,53%). Juntos, os dois grupos contribuíram com cerca de 71% do IPCA de novembro.

A maior variação, por sua vez, veio de Vestuário (1,10%), cujo resultado ficou acima de 1% pelo quarto mês consecutivo. O grupo Saúde e cuidados pessoais (0,02%) desacelerou em relação a outubro (1,16%) e ficou próximo da estabilidade, enquanto Habitação (0,51%) superou o mês anterior (0,34%). Os demais grupos ficaram entre a queda de 0,68% em Artigos de residência e a alta de 0,21% em Despesas pessoais.

A alta dos Transportes (0,83%) deve-se principalmente ao aumento dos combustíveis (3,29%), que haviam recuado 1,27% em outubro. Os preços do etanol (7,57%), da gasolina (2,99%) e do óleo diesel (0,11%) subiram em novembro. A exceção foi o gás veicular, com queda de 1,77%. A gasolina exerceu o maior impacto individual no índice do mês, de 0,14 ponto percentual.

O grupo Alimentação e bebidas, por sua vez, teve alta de 0,53%, puxado pelos alimentos para consumo no domicílio (0,58%). As maiores variações vieram da cebola (23,02%) e do tomate (15,71%), cujos preços já haviam subido em outubro, 9,31% e 17,63%, respectivamente. Além disso, houve alta nos preços das frutas (2,91%) e do arroz (1,46%).

Em relação às quedas, os destaques foram para o leite longa vida, que ficou 7,09% mais barato, o frango em pedaços, que caiu 1,75%, e o queijo, com queda de 1,38%. A variação da alimentação fora do domicílio (0,39%) ficou abaixo do mês anterior (0,49%). Enquanto a refeição desacelerou de 0,61% em outubro para 0,36% em novembro, o lanche seguiu caminho inverso, passando de 0,30% para 0,42%.

Por região, todas as áreas pesquisadas tiveram variação positiva em novembro. O maior índice foi de Brasília (1,03%), por conta da alta da energia elétrica (19,85%). Já a menor variação foi em Vitória (0,09%), especialmente por conta da queda de 22,25% nos preços das passagens aéreas.

INPC

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que também foi divulgado pelo IBGE, foi outro que registrou alta de 0,38% em novembro. A taxa está abaixo do resultado de outubro, de 0,47%, e de novembro de 2021, quando foi de 0,84%. No ano, o indicador acumula alta de 5,21% e, nos últimos 12 meses, de 5,97%.

Nos índices regionais, apenas Aracaju teve variação negativa em novembro, de 0,04%, principalmente devido à redução de 13,03% nos preços do leite longa vida. Já a maior variação ocorreu em Brasília (1,20%), puxada pela alta da energia elétrica (19,36%).

O IPCA reflete a inflação para as famílias com rendimentos de um a 40 salários-mínimos e o INPC abrange as famílias com rendimentos de um a cinco salários-mínimos.

As regiões pesquisadas são as metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre, além do Distrito Federal e dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju.

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