menu-iconPortal AECweb

Entenda as diferenças entre portarias virtuais e convencionais

Texto: Redação AECweb/e-Construmarket

Durante a quarentena a convencional é a melhor opção. Porteiros presenciais são de grande ajuda aos idosos, àqueles com mobilidade reduzida e a quem trabalha em home office

03/08/2020 | 15:22 - O professor Ricardo Crepaldi, especialista em engenharia ambiental e facilities, diretor-secretário da Abrafac – entidade setorial de facilities, em entrevista ao podcast do Portal AECweb, afirma que, sem dúvida, a ênfase é para a portaria convencional nestes tempos de quarentena. A remota é efetiva para controle de acesso de moradores, de veículos e de bicicletas. “Já a portaria presencial tem, neste momento, um valor muito maior, inclusive há vários casos de criação de postos de trabalho momentâneos para auxiliar os moradores que têm que se isolar na pandemia”, comenta.

Um dos problemas apontados por Crepaldi é a limitação da portaria virtual às entregas, já que não é possível deixar os volumes na portaria. “Hoje tem muita gente em home office, obrigada a descer para receber e, eventualmente, pagar a mercadoria. Mas, nem sempre essa pessoa pode interromper o trabalho”, diz, citando também idosos que são levados a pedir ajuda aos vizinhos.

A portaria remota, mesmo sendo recomendada a redundância de acesso à internet, foi afetada pela elevada demanda e consequente instabilidade do sistema nos últimos meses. “O impacto dessa oscilação da internet também chegou às gravações feitas nos condomínios pelas câmeras de segurança, tanto para gravação local como na ‘nuvem’. Tudo o que é vinculado à internet, inclusive a telefonia, tem o seu risco, pois não há ‘banda’ para todos no país”, explica.

Atribuições próprias do porteiro e que exigem interação com profissionais de fora são inviáveis quando o prédio tem portaria online. Crepaldi se refere, por exemplo, a exigência de assinar o recebimento de uma encomenda ou dar acesso e acompanhar os funcionários de companhias de água e luz para leitura de relógios.

O professor alerta que optar pela portaria remota como forma de redução de custos de condomínio é um erro. “Ela pode ser ótima para operar alguns controles e dependendo do nível de automação e estrutural do prédio. E, também, observar a condição dos moradores: no caso da presença de condôminos com necessidades especiais é preciso complementar com outros sistemas eletrônicos para operar portões”, ressalta, orientando que condomínios procurem consultores especializados em segurança condominial para fazerem a melhor escolha. Crepaldi comenta, ainda, sobre o papel de cada um dos sistemas de portaria na prevenção de assaltos e arrastões em edifícios.

Leia também: Como usar checklist na gestão de facilities?

x
Gostou deste conteúdo? Cadastre-se para receber gratuitamente nossos boletins: