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Emprego na construção tem saldo de 18 mil vagas em maio

Texto: Vinícius Veloso

O total de trabalhadores com carteira assinada no setor está próximo dos 3 milhões, de acordo com dados do Novo Caged

Operários que conseguiram emprego na construção trabalhando no canteiro de obras

16/07/2024 | 10:00 — A diferença entre as vagas abertas e fechadas na construção civil durante o último mês de maio ficou em 18.149 empregos. Os dados são do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho em 27 de junho. Com isso, o total de trabalhadores que atua no mercado com carteira assinada passou para 2.907.272 — número 0,63% superior frente ao volume registrado em abril.

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A construção civil foi o terceiro setor com a melhor relação entre as admissões e demissões em maio — atrás de serviços (69.319 vagas) e agropecuária (19.836). Por outro lado, o segmento ficou à frente da indústria (18.145) e do comércio (6.375).

De acordo com Ieda Vasconcelos, economista da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), há cinco meses consecutivos a construção civil vem registrando saldos positivos, com admissões superiores às demissões, o que aumenta sistematicamente o número de trabalhadores formais. “Em maio, o setor aproximou-se ainda mais da faixa de três milhões de empregos com carteira assinada”, afirma. Com isso, o total de profissionais na construção no quinto mês de 2024 é o maior desde novembro de 2014.

Ela destaca, ainda, que dos 18.149 novos empregos em maio, 54,54% foram de trabalhadores com até 29 anos de idade. “Este resultado demonstra que os jovens estão buscando o mercado de trabalho do setor”, ressalta.

Confira outros índices da Construção Civil

Valor do metro quadrado (SINAPI)
CUB (Custo Unitário Básico)
Mercado imobiliário (vendas e lançamentos)
Taxa Selic
Reajuste do aluguel (IGP-M, IPCA e INPC)
Preço do aluguel residencial

Já Yorki Estefan, presidente do SindusCon-SP, comenta que o ritmo de geração de novos empregos na construção desacelerou em maio, a exemplo do que ocorreu em outros setores da economia. "Ainda assim, nos primeiro cinco meses do ano o setor criou 159 mil postos de trabalho com carteira assinada, reforçando sua importância como geradora de emprego e renda”, avalia.

“Nesse contexto, será muito relevante que a regulamentação da reforma tributária mantenha neutra a carga tributária da construção, para que futuramente o setor siga atendendo satisfatoriamente a demanda e cumpra seu papel como empregadora massiva de mão de obra, no desenvolvimento econômico e social do país”, complementa o presidente do SindusCon-SP.

Segundo o Novo Caged, o salário médio de admissão na construção em maio foi R$ 2.290,41 — o maior número dentre outros grandes segmentos e também superior ao salário de admissão médio geral da economia (R$ 2.132,64).

Emprego na construção por estado

Confira na tabela como ficaram os empregos na construção por estado em abril.

EstadoAdmitidosDesligadosSaldoTotal de trabalhadores
Acre6203842368.777
Alagoas2.1912.304-11331.469
Amapá3952851106.117
Amazonas2.1751.58359228.901
Bahia10.3389.964374153.692
Ceará6.0755.21885780.004
Distrito Federal3.9444.311-36779.788
Espírito Santo5.2125.590-37868.313
Goiás9.6368.704932101.081
Maranhão3.8992.6991.20049.031
Mato Grosso6.4434.3512.09255.826
Mato Grosso do Sul2.7342.882-14834.556
Minas Gerais29.12926.3192.810353.136
Pará8.0996.1821.91794.197
Paraíba3.4302.84158950.365
Paraná13.45711.2992.158171.676
Pernambuco5.4814.85462783.528
Piauí2.0501.81723327.927
Rio de Janeiro13.40912.0951.314239.710
Rio Grande do Norte3.2952.61568040.129
Rio Grande do Sul5.8907.420-1.530135.616
Rondônia98078819211.149
Roraima424461-376.090
Santa Catarina11.06610.679387141.181
São Paulo57.61954.9422.677812.669
Sergipe1.7621.7065627.715
Tocantins1.35695040614.000

Variação em 12 meses

Veja como os números de empregos na construção variaram nos últimos 12 meses.

PeríodoAdmitidosDesligadosSaldoTotal de trabalhadores
Maio de 2024211.420193.27118.1492.907.272
Abril de 2024221.932190.03931.8932.889.497
Março de 2024216.414187.74828.6662.857.980
Fevereiro de 2024213.842178.78935.0532.829.843
Janeiro de 2024218.885172.16446.7212.794.790
Dezembro de 2023116.374193.082-76.7082.748.069
Novembro de 2023172.050191.069-19.0192.824.777
Outubro de 2023192.450181.51310.9372.843.796
Setembro de 2023193.577173.66819.9092.832.859
Agosto de 2023219.755191.79527.9602.812.950
Julho de 2023200.992175.74925.2432.784.990
Junho de 2023199.224178.48320.7412.759.747

Novo Caged

Desde janeiro de 2020, o Sistema do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) foi substituído pelo Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial) para parte das empresas. Estabelecida pela Portaria SEPRT no 1.127, a mudança mantém obrigatório o envio das informações pelo Caged para órgãos públicos e organizações internacionais que contratam celetistas.

A metodologia de imputação adotada para o ajuste das informações prestadas ao eSocial e ao Caged visa assegurar a qualidade e a integridade das estatísticas do emprego formal durante a transição dessas fontes de captação de dados. A Secretaria de Trabalho apura tecnicamente o recebimento dessas informações nos registros administrativos e atua de forma a divulgar as estatísticas do emprego formal com mais segurança e transparência.

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