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Custo da construção se mantém estável em fevereiro

Texto: Naíza Ximenes

Essa é a menor variação mensal desde novembro de 2019

foto de trêss pessoas que vestem equipamentos de segurança e apontam para um laptop, nas mãos da pessoa do meio
Com o resultado, o INCC passa a acumular elevação de 8,63% nos últimos 12 meses (Foto: hugo_34/Shutterstock)

08/03/2023 | 12:02 –  O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou estabilidade em fevereiro de 2023, ao apontar crescimento de 0,05% no segundo mês do ano — a menor variação mensal desde novembro de 2019 (0,04%).

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A apuração da Fundação Getulio Vargas (FGV) indica que o desempenho foi diretamente influenciado pelo recuo do custo com materiais e equipamentos, de 0,12% no período. O custo com mão de obras, por sua vez, quase não teve oscilação ao registrar crescimento de 0,02%. Por fim, o custo com serviços teve aumento de 0,97%.

“A tendência continua sendo de relativa estabilidade, o que é muito importante depois de mais de dois anos preocupando a construção civil com fortes elevações”, salienta a economista da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Ieda Vasconcelos.

Assim, o INCC passa a acumular elevação de 8,63% nos últimos 12 meses. Nesse mesmo período o custo com materiais e equipamentos cresceu 4,92% e o custo com a mão de obra apresentou alta de 12,18%. A análise da variação percentual acumulada em 12 meses demonstra que, desde setembro de 2022, a maior fonte de pressão sobre o custo da construção passou a ser o custo com a mão de obra.

O custo com materiais e equipamentos vem registrando variações mais modestas desde o início do segundo semestre de 2022, com resultados negativos nos meses de agosto, setembro, outubro, dezembro e fevereiro deste ano.

No segundo mês de 2023, as maiores influências negativas para a variação do custo com materiais foram: vergalhões e arames de aço ao carbono (-2,01%), condutores elétricos (-1,76%), cimento Portland comum (-0,48%), massa de concreto (-0,26%) e madeiras para telhado (-0,46%).

“É bom destacar que o custo da construção continua em patamar elevado”, ressalta Vasconcelos. De julho de 2020 até janeiro de 2023, o INCC/FGV já aumentou 33,73% sendo que o custo com materiais e equipamentos, nesse mesmo período, apresentou elevação de 52,32%, o custo com a mão de obra cresceu 22,99% e o custo com serviços 22,91%. “Ou seja, mesmo diante de variações mais modestas o setor continua com o seu custo em patamar elevado”, completa.

Para conferir detalhes da apuração, clique aqui.

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