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Custo da construção registra maior alta desde julho de 2022

Texto: Redação AECweb/e-Construmarket

Segundo a FGV, o resultado foi influenciado especialmente pelo incremento do custo com a mão de obra

foto de um trabalhador da construção em um canteiro de obras
Em janeiro de 2023, as maiores influências negativas para a variação do custo com materiais foram os tubos e conexões de PVC, o cimento Portland comum e os eletrodutos de PVC (Foto: Attasit saentep/Shutterstock)

08/02/2023 | 16:13 –  O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou crescimento de 0,46% em janeiro de 2023, em comparação com o mês de dezembro de 2022. O resultado representa a maior alta do indicador desde julho de 2022, quando atingiu a marca de 0,86%.

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Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), que apura os dados, o desempenho do INCC foi influenciado, em especial, pelo incremento do custo com a mão de obra, que registrou crescimento de 0,70%. O custo de materiais e equipamentos, por sua vez, teve aumento de 0,05%, ao passo que o custo com serviços apresentou elevação de 1,02%.

Em janeiro de 2023, as maiores influências negativas para a variação do custo com materiais foram: tubos e conexões de PVC (-3,91%), cimento Portland comum (-0,28%), eletrodutos de PVC (-1,67%), placas cerâmicas para revestimento (-0,37%) e madeiras para telhado (-0,20%).

Com o resultado, o INCC acumula elevação de 9% nos últimos 12 meses. Nesse mesmo período, o custo com materiais e equipamentos cresceu 5,33% e o custo com a mão de obra apresentou alta de 12,44%. A análise da variação percentual acumulada em 12 meses demonstra que desde setembro de 2022 a maior fonte de pressão sobre o custo da construção passou a ser o custo com a mão de obra.

Na avaliação da economista da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Ieda Vasconcelos, é bom destacar que o custo do setor continua em patamar elevado. “De julho de 2020 a janeiro 2023, o INCC já aumentou 33,67%, sendo que o custo com materiais e equipamentos, nesse mesmo período, apresentou elevação de 52,50%, o custo com a mão de obra cresceu 22,97% e o custo com serviços 21,73%. Isso significa que, mesmo diante de variações mais modestas, o setor continua com o seu custo elevado”, salientou.

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