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Construção Civil apresenta crescimento de 5,5% no contingente feminino

Texto: Redação AECweb/e-Construmarket

Dados são do Painel da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), do Ministério do Trabalho

duas mulheres trabalhando em um canteiro de obras devidamente equipadas
Os postos ocupados vão desde os relacionados ao canteiro de obras aos de gerenciamento (Foto: P.Kasipat/Shutterstock)

09/02/2022 | 17:00 – A pesquisa mais recente do Painel da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), do Ministério do Trabalho, apontou que o contingente feminino cresceu 5,5% no setor da construção civil, somente em 2020.

De 2019 para 2020, os dados apontam que a quantidade de empregos com carteira assinada ocupados por mulheres foi de 205.033 para 216.330. O motivo para isso foi a grande procura feminina pela capacitação para atuar no setor, aliada a instituições que provêm o conhecimento necessário para a atividade, segundo a instituição.

Um exemplo dessa iniciativa de capacitação é o Projeto Mão na Massa, uma organização não governamental do Rio de Janeiro, que, desde 2007, já habilitou mais de 1,2 mil mulheres profissionalmente. Os postos ocupados vão desde os relacionados ao canteiro de obras aos de gerenciamento.

Partindo do reconhecimento do preconceito histórico e da ocupação minoritária pelo público feminino no mercado da construção, o Projeto de Lei 5358/2020, que tramita na Câmara dos Deputados, requer a obrigatoriedade de, pelo menos, 5% das vagas da construção reservadas às mulheres.

O projeto já foi aprovado pela Comissão de Defesa dos Direitos da Mulheres e aguarda apreciação da Comissão de Trabalho, de Administração e de Serviço Público, para depois ser votado pela Comissão de Constituição e Justiça. Só então ele poderá receber um parecer definitivo, sem precisar passar por votação do Plenário da Casa.

A iniciativa ganhou ainda mais forças após a veiculação de um vídeo, feito pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro, em que ele questiona a capacidade de mulheres nos canteiros de obras e as culpa pelo desabamento em obra da Linha 6-Laranja do Metrô, na capital paulista.

O Programa Mulher do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), a Associação Brasileira de Engenheiros Civis (Abenc), conselhos de classe e profissionais da área demonstraram repúdio às imagens.

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