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Com a pandemia, cresce a demanda das empresas pela certificação Well

Texto: Redação AECweb/e-Construmarket

Lançada mundialmente em 2014, a certificação Well Building Standard dedicada exclusivamente à saúde e bem-estar dos ocupantes dos edifícios, ganhou projeção e forte elevação de demanda nestes meses de pandemia

24/08/2020 | 15:41 - Em entrevista ao podcast do Portal AECweb, o engenheiro Eduardo Straub, sócio da consultoria em sustentabilidade StraubJunqueira, fala sobre os recursos estabelecidos pela Well para que os escritórios, escolas, indústrias e empreendimentos comerciais possam assegurar proteção aos funcionários.

“Considerando que todos nós passamos 90% de nosso tempo em ambientes construídos, a ideia foi melhorar a qualidade de vida das pessoas, reduzindo o absenteísmo e elevando a produtividade”, expõe. A certificação Well está voltada para a etapa de operação do edifício e estabelece requisitos de desempenho para o ar, água, alimentação, iluminação, fitness, conforto e mente. Não obriga a adoção de novos hábitos, mas induz à sua assimilação por todos, ao longo do tempo.

A versão II da certificação já traz vários itens específicos para o combate do novo Coronavírus. Por conta da pandemia, surgiu uma nova ramificação da Well denominada Health Safety Rating (HSR), ou, Avaliação de Segurança e Saúde das Edificações. “É um recorte da versão II da Well para problemas associados ao vírus. Por exemplo, ela foca em procedimentos de higiene com as mãos, e também nos tamanhos das cubas, da coluna de água, redução do contato com superfícies e limpeza de equipamentos como teclado de computador, procedimentos de limpeza dos ambientes com produtos que não agridem a saúde humana”, conta Straub.

A certificação abrange programas de emergência para que o edifício se prepare para eventuais situações de risco que possam colocar em risco a saúde dos seus ocupantes. O HSR vai além ao estabelecer que a empresa mantenha o funcionário em casa, se estiver doente; promova campanhas de vacinação; conceda planos de saúde; e proíba o fumo nos ambientes, entre outros quesitos. Prevê a qualidade do ar exigindo trocas constantes e monitoramento da água do sistema de ar condicionado para evitar a legionella – bactéria que, inalada, pode ser fatal.

Straub comenta que a Well chegou ao Brasil pouco antes da recessão econômica, o que inibiu sua expansão no mercado. Porém, a crise pandêmica deu visibilidade aos seus objetivos, coincidindo com os das empresas, incorporadores e gerenciadores de real estate. “Porque preparam suas edificações para receber seus ocupantes, evitando contaminações”, diz. Hoje, no mundo, são cerca de 300 projetos certificados e mais de 5 mil buscando a certificação.

Comentando a tendência de retorno das empresas às atividades de forma híbrida, Straub destaca que, depois do open space, agora vai sendo retomado o antigo layout de postos de trabalho cercados, no mínimo, com proteção de acrílico, visando o afastamento físico. Aos profissionais que trabalham em home office, ele aproveita para fazer algumas recomendações com base nos critérios da certificação Well.

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