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CBIC e BNDES discutem crédito de longo prazo para a construção civil

Texto: Redação AECweb/e-Construmarket

Estatal apresenta a linha de crédito BNDES Giro. Construtores apontam que produto beneficia grandes incorporadoras, mas não atendem pequenas e médias empresas


O assunto gerou controvérsias entre os participantes do encontro (crédito: LutsenkoLarissa/shutterstock)

30/10/2017 | 09:10 – Representantes do Conselho de Administração da Câmara Brasileira da Indústria Imobiliária (CBIC) se reuniram com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em outubro para discutir sobre investimentos no setor.

Como uma solução para linha de crédito a longo prazo, foi reforçado o BNDES Giro. De acordo com o chefe do departamento de relacionamento institucional e gestão de crédito rural do banco, Carlos Alberto Vianna Costa, o programa possibilita que os agentes financeiros realizem suas operações de forma totalmente digital, garantindo a redução do prazo de aprovação apara apenas três segundos. Além disso, “a linha de financiamento sai do BNDES para os agentes financeiros com custo da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) somada a 1,5% e ao spread de risco lançado pelo agente”, completou. Costa também afirma que já foram mais de 1 bilhão de operações aprovadas desde o lançamento do programa, em agosto.

A linha de crédito, no entanto, gera algumas controvérsias. Para o líder do Projeto de Acompanhamento do Programa Minha Casa, Minha Vida (PMCMV) da CBIC e presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil da Bahia (Sinduscon-BA), Carlos Henrique de Oliveira Passos, as taxas do BNDES Giro são boas somente para grandes incorporadoras. Para ele, ainda falta que o banco os entenda as diferentes necessidades de cada empresa. “Às vezes o setor precisa do crédito imobiliário, mas também de crédito para a compra de máquinas para a industrialização, e o banco entende que já financiou 100%”, exemplificou.

Carlos Eduardo Lima Jorge, presidente da Comissão de Infraestrutura (COP) da CBIC, também reforça a dificuldade que o banco tem para analisar empresas de médio porte. Essa operação que tem deixado de fora do processo as empresas de infraestrutura. “O olhar para trazer as médias empresas para o jogo tem que ser um olhar que mude o gabarito na operacionalidade do banco”, finaliza.

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