menu-iconPortal AECweb

Versatilidade: retroescavadeira é um ‘canivete suíço’ na construção

Mercado quer equipamentos versáteis e as retroescavadeiras são as que mais seguem essa tendência

Publicado em: 19/12/2014

Texto: Redação PE

A retroescavadeira é a máquina mais vendida no mundo, exatamente por ter funções múltiplas e permitir maior gama de aplicações. O equipamento se tornou uma espécie de canivete suíço do universo da construção, permitindo ser adaptado com implementos como rompedor hidráulico, garfo pallet, placa vibratória, caçambas de diferentes tamanhos e funções, vassoura hidráulica, implementos para o corte florestal e até perfuratrizes.

“É um momento interessante na construção, apesar do cronograma com atraso na liberação de obras e demora em se obter licenças”, observa o consultor da área comercial da Auxter, Roberto Mazzutti. “A demanda é cada vez maior por máquinas que trabalham em várias funções e, nesse sentido, a retroescavadeira é um equipamento múltiplo. Com uma retro e um caminhão é possível executar uma série de serviços”, completa.

Estrutura versátil aumenta a produtividade e reduz custos

Mazzutti diz que os clientes têm disponíveis variadas soluções em implementos. “Basta acoplar garfos e a retro ganha função de empilhadeira”, exemplifica. “Com um pequeno investimento é possível deixar o equipamento multifuncional”, comenta. Para ele, os usuários estão mais conectados e procuram por aplicações na própria internet antes de comprar algo. “Embora não tenha um departamento específico para o desenvolvimento dessas peças, na gestão de algumas contas maiores, acaba desenvolvendo também a aplicação. Foi assim recentemente na criação de um gancho para carregar aço com a Gerdau”, explica.

O consultor acredita ser importante estimular a criatividade dos clientes. “A solução de determinado problema pode ser mais fácil e rápida do que se imagina”, finaliza Mazzutti.

Outra empresa a apostar na multifuncionalidade de retroescavadeiras é a Case, que fornece o modelo 580N. Segundo o diretor geral da Case, Roque Reis, o mercado de retroescavadeiras está atento à ergonomia, além de trabalhar com uma economia maior de combustível e durabilidade. “A máquina exige menor esforço do operador, indicada para aplicações em que o uso do implemento traseiro predomina, como no saneamento e na escavação de valas para irrigação. Com esses opcionais, qualquer operador, de qualquer estatura, vai conseguir a posição mais agradável para trabalhar”, afirma Reis.

Ele revela que nos lançamentos de retroescavadeiras a indústria utiliza tecnologias recentes que proporcionam 5% de economia de combustível em relação a modelos anteriores, além de uma lança em S, que aumenta a força e durabilidade. “Pela versatilidade e economia financeira, muitas empresas preferem investir nesse implemento”, diz Roque Reis. Mas quem não necessita desse equipamento para todas as obras, procura o setor de locação, geralmente usado para um serviço específico com prazo determinado.

Retroescavadeiras são as mais procuradas

A paulistana Alpermaq trabalha na área de aluguel de equipamentos com diferentes tipos máquinas. No entanto, a mais procurada é a retroescavadeira, justamente por ser multifuncional. A frota da empresa é composta por sete modelos, alugados para um público diverso da construção civil, como construtoras, condomínios residenciais e industriais, galpões, duplicações de estradas e obras de saneamento básico.

“Alugamos diversas máquinas. Todas têm mercado. A retroescavadeira tem uma vantagem, por ser mais versátil. Ela tem um percentual maior de locação. Até por isso, temos mais retroescavadeiras”, afirma Eduardo Alperovitch, sócio proprietário da Alpermaq.

Essa variada gama de aplicações da máquina, por outro lado, a torna visada por ladrões. O aumento de sinistros dessas máquinas é uma das preocupações de Eduardo. Por ser um trator com pneus, a retroescavadeira boa mobilidade de deslocamento e, portanto, mais fácil de ser roubada.

“Precisamos que as autoridades nos ajudem, talvez com uma adoção de um cadastro nacional de máquinas. Só assim iremos impedir o mercado negro de comercialização de peças e máquinas”, completa.

Colaboraram para esta matéria

 
Roberto Mazzutti– consultor de vendas da Auxter
 
Roque Reis– diretor geral da CASE
 
Eduardo Alperovitch– sócio proprietário da Alpermaq