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Toldos de policarbonato ou de tecido acrílico? Conheça diferenças e vantagens

Os elementos de policarbonato são fixos e resistem a intempéries. Já os de tecido acrílico garantem conforto térmico e ampliam os ambientes, mas devem ser recolhidos quando chove. Veja mais

Publicado em: 07/11/2018Atualizado em: 24/11/2023

Texto: Redação AECweb/e-Construmarket

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Em casos de chuva, os toldos retráteis devem ser recolhidos (foto: Ratchat/shutterstock)

A escolha do toldo para proteção de portas e janelas deve levar em conta as necessidades do morador. Além disso, é preciso conhecer tecnicamente as soluções propostas pelo mercado, que vão dos elementos retráteis aos fixos, de tecido ou de policarbonato. Cada um cumprirá de maneira diversa sua função e exigirá cuidados particulares. Há, porém, um ponto em comum entre eles, que é agregar estética à fachada.

É interessante, também, não confundir toldos com coberturas. A principal diferença está na forma de apoio e sustentação da estrutura e no tamanho da projeção. “Coberturas já possuem colunas de sustentação, ou seja, se apoiam em mais de uma parede, criando um ambiente ou, em outra configuração específica, uma passarela”, esclarece o engenheiro Igor Zanetti, gerente de Planejamento Comercial da Zetaflex. Já os toldos são fixados em paredes, com a utilização de braços de sustentação, mantendo a área de circulação livre de qualquer interferência.

“O toldo retrátil em tecido permite ampliar o uso do ambiente externo e pode ser aberto ou fechado de acordo com a necessidade, descaracterizando-se como uma estrutura fixa. Assim, não há incidência da taxa de IPTU na maioria das localidades, bem como não é considerado como área construída”, destaca Andréia Pressato, gerente de Produtos da Hunter Douglas.

O toldo retrátil em tecido permite ampliar o uso do ambiente externo e pode ser aberto ou fechado de acordo com a necessidade, descaracterizando-se como uma estrutura fixa. Assim, não há incidência da taxa de IPTU na maioria das localidades
Andréia Pressato

Já o elemento em policarbonato é fixo. “Arquitetos e consumidores optam por essa solução para proteger o local contra intempéries, principalmente da chuva, mantendo a entrada de luz natural no ambiente e assegurando uma estética ‘leve’ ao local de aplicação”, explica Zanetti.

TOLDOS DE POLICARBONATO

O policarbonato utilizado em toldos e coberturas pode ser tanto o compacto quanto o alveolar. O compacto é mais sofisticado, com transparência semelhante ao vidro. Versão mais econômica, o alveolar é translúcido e, como diz o nome, é constituído por alvéolos. “Utilizamos policarbonato com filtro antirraios UV, protegendo pessoas e objetos contra queimaduras solares. Entretanto, há penetração de raios infravermelhos, que trazem calor. Portanto, é preciso estudar e entender a necessidade do cliente antes de indicar o uso do material”, comenta o engenheiro.

É sabido que o policarbonato apresenta resistência maior até mesmo que o vidro, mas isso depende da espessura da placa. “Trabalhamos com a espessura de 3 mm, no caso do policarbonato compacto, e 6mm na versão alveolar”, afirma o engenheiro, acrescentando que não há notícias de danos causados por granizo nos produtos, desenvolvidos para resistir às condições climáticas brasileiras. “No entanto, um material de menor espessura ou de menor qualidade pode sofrer danos”, alerta, observando que, independentemente do material instalado em coberturas que não utilizam forro, o ruído de chuva mais intensa acaba sendo transmitido para o ambiente.

ESTRUTURA

No mercado, há toldos construídos com estruturas de alumínio, de aço ou de ferro, e sistemas de fixação que podem tornar o produto mais ou menos durável. Os mais populares utilizam estrutura de aço ou ferro, na qual a placa de policarbonato é parafusada ou rebitada. Esse procedimento acaba enfraquecendo o material e criando ponto de infiltração de água e sujeira. “Em um ou dois anos, é comum haver ferrugem na estrutura e parafusos”, acrescenta Zanetti.

No sistema de montagem desenvolvido pela Zetaflex, as placas de policarbonato são fixadas à estrutura de alumínio por encaixe, sem perfurá-las. Isso evita o enfraquecimento do material e aumenta a durabilidade do produto, além de garantir maior estanqueidade, pois não há parafusos criando pontos de infiltração. “Além dos modelos fixos, temos ainda a exclusiva opção do toldo com lâminas articuladas (sistema abre e fecha) operadas manualmente ou motorizadas com o uso de controle remoto”, conta ele.

Os preços podem variar de R$ 300 a R$ 900 o metro quadrado. “Mas o barato pode sair caro, pois é impossível obter qualidade e durabilidade com materiais e tecnologias que não sejam de ponta”, conclui Igor Zanetti.

LIMPEZA E MANUTENÇÃO

Caso o policarbonato não tenha proteção UV, em poucos meses já pode haver sinais de desgaste dos materiais
Igor Zanetti

A limpeza e a manutenção do policarbonato pedem apenas o uso de água e sabão neutro. O policarbonato de boa procedência e instalado em estrutura de alumínio só começa a apresentar algum sinal de envelhecimento, como o amarelamento, após cerca de dez anos de uso. “Caso o material não tenha proteção UV, em poucos meses já pode haver sinais de desgaste dos materiais”, diz ele.

TOLDOS RETRÁTEIS DE TECIDO

De acordo com Andréia Pressato, gerente de Produtos da Hunter Douglas, a maioria dos toldos retráteis é combinada com tecidos acrílicos que têm alta solidez de cor, o que garante sua estabilidade no decorrer dos anos. As melhores opções são tingidas em massa, o que significa que a cor não é somente uma camada exterior ao fio, mas está, também, em seu interior. “Seria como comparar uma beterraba, que tem a mesma cor dentro e fora, com um rabanete, que apresenta uma cor no seu interior e, outra, externamente”, diz.

Vantagem interessante dos tecidos acrílicos é o conforto térmico, pois permitem a troca de ar, além de repelirem a água. Ou seja, na ocorrência de uma chuva repentina não haverá passagem de água pelo tecido. Somente se a água da chuva criar uma poça superior a 40 cm sobre o tecido vai começar a gotejar. “Contudo, essa é uma situação extrema que levaria à deformação tanto do tecido quanto da estrutura retrátil”, explica Pressato.

Vale o alerta: o toldo retrátil não deve ficar aberto durante chuvas, principalmente se for de granizo. “Ele deve ser recolhido nessas ocasiões, para evitar danos”, orienta. São estruturas leves, construídas em alumínio extrudado, com pintura eletrostática e alguns perfis são de aço galvanizado. Podem ser operados manualmente por manivela, ou motorizados e operados por controle remoto. “Quando o toldo é motorizado, podem ser agregados sensores de vento e/ou chuva. Esses dispositivos vão fazer o produto fechar de acordo com a regulagem do vento ou na incidência da chuva, preservando-o na ocorrência de intempéries”, ressalta a gerente.

A projeção horizontal dos toldos retráteis pode chegar a 5 m. “Produzimos, também, o modelo pivotante, que alcança 4 m de largura por 6 m de projeção. São ideais para janelas sem varandas, varandas de apartamentos ou pavimentos parcialmente cobertos”, explica. Há, ainda, toldos de braços articulados, que chegam a 12 m de largura por 4,85 m de projeção. São excelentes para terraços, jardins e ambientes abertos. Permitem prolongar os espaços interiores para o exterior e, em dias ensolarados, criar ambientes com temperatura agradável.

O toldo retrátil de braço articulado tem preços a partir de R$ 450 por metro quadrado.

LIMPEZA E MANUTENÇÃO

A Hunter Douglas recomenda que seja feita limpeza periódica, podendo ser semanal ou mensal, de acordo com a poluição do ambiente. A prática previne que a sujeira impregne na tela e elimina a necessidade de uma limpeza profunda com frequência. “Os toldos podem ser limpos sem necessidade de desmontar o tecido. Ao realizar a limpeza é fundamental utilizar sabão neutro e a água deve estar fria e limpa”, ensina Pressato.

Além da limpeza dos tecidos, é necessário fazer a manutenção dos mecanismos do toldo, lubrificando braços e outras partes articuladas. Aqueles instalados em zonas litorâneas, sujeitos à maresia, devem ser submetidos à manutenção e limpeza com maior frequência.

Colaboração técnica

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Andréia Pressato – Graduada em Marketing e pós-graduada em Gestão Empresarial e Finanças. Possui mais de 20 anos de experiência no segmento de Proteção Solar e atua como gerente de Desenvolvimento de Produtos na Hunter Douglas do Brasil.
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Igor Zanetti – Graduado em engenharia mecânica e pós-graduado em gestão empresarial. Possui mais de oito anos de experiência em marketing, vendas e desenvolvimento de produtos voltados à construção civil. É gerente de Planejamento Comercial da Zetaflex.