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Superfícies de quartzo são opções versáteis e resistentes

Diversidade de cores, durabilidade e higiene garantem a preferência pelo material

Publicado em: 07/01/2014Atualizado em: 05/05/2020

Texto: Redação AECweb/e-Construmarket

Superfície QuartzoO quartzo se destaca pela elevada resistência (foto: Javani LLC/shutterstock)

A elevada resistência do quartzo, que supera em grande medida a de seus similares, como o granito, por exemplo, faz dele uma das pedras mais requisitadas na decoração de interiores. “Devido ao processo industrial das superfícies de quartzo, cuja composição representa 90% ou mais deste mineral em sua totalidade, misturado à resina e a outros pigmentos, elas não apresentam porosidade, comum nas rochas naturais”, explica o geólogo Alexandre Garrido.

Situado na 7ª posição de dureza (o diamante acupa o 10º lugar na escala de Mohs), o material impressiona também pela versatilidade e beleza. Não é à toa que se tornou o queridinho dos profissionais da área. Segundo o arquiteto Gerson Dutra de Sá, seu uso é ilimitado. Além de pias e bancadas de banheiros e cozinhas, as superfícies de quartzo vêm sendo cada vez mais empregadas em painéis, paredes, pisos, escadas, balcões e até mesmo móveis. “Eu mesmo já criei uma cabeceira com o material”, revela o especialista.

Manutenção

Devido ao processo industrial das superfícies de quartzo, cuja composição representa 90% ou mais deste mineral em sua totalidade, misturado à resina e a outros pigmentos, elas não apresentam porosidade, comum nas rochas naturais

Por não ser porosa, a superfície de quartzo possui baixo coeficiente de absorção líquida. Ou seja, é inofensiva para o contato com alimentos, pois não apresenta ambiente favorável para a proliferação de fungos e bactérias, levando vantagem em relação a outros revestimentos à base de minerais.

Outro benefício do material é a facilidade de conservação e limpeza. Para manter a beleza do produto por muitos anos, confira as dicas de Marcos Pereira, coordenador de marketing da Cosentino Brasil, fabricante do revestimento Silestone®:

  • Se não houver restos de gordura significativos na superfície, use somente um pano seco para remover o pó. Agora, se a gordura ou as manchas já estiverem impregnadas no revestimento, utilize um esfregão de plástico com detergente líquido.
  • Existem também alguns produtos específicos para limpar superfícies de quartzo, especialmente Silestone® (composto por 94% de quartzo natural, e o restante resina, cristal e espelho).
  • Deve-se evitar, no entanto, produtos químicos fortes e solventes que possam danificar as propriedades físicas das superfícies. Jamais aplique ceras, sprays ou selantes, que poderão comprometer o brilho do material.

Sustentabilidade

Na hora de escolher o produto deve-se levar em conta a procedência das matérias-primas, os processos de fabricação, o transporte e a armazenagem

Há uma grande preocupação em relação à fabricação das superfícies de quartzo. De acordo com Marcos Pereira, no caso da multinacional espanhola Cosentino,o sistema de elaboração do material caracteriza-se pela emissão nula de partículas para o exterior e pelo aproveitamento de 98% da água utilizada no processo. “Na hora de escolher o produto, deve-se levar em conta a procedência das matérias-primas, os processos de fabricação, o transporte e a armazenagem”, recomenda o coordenador de marketing da empresa.

Mercado

Além de pias e bancadas, as superfícies de quartzo vem sendo cada vez mais empregadas em painéis, paredes, pisos, escadas, balcões e até mesmo móveis

A ascensão do mercado das superfícies de quartzo deve-se principalmente ao reflexo do crescimento dos setores de arquitetura e decoração de interiores. Outro fator que justifica a preferência dos profissionais por esse material é a sua diversidade de cores – vermelho, verde, azul, amarelo –, completamente incomum no universo dos mármores e granitos. Alguns tipos, dependendo do fabricante, são triturados com fragmentos de vidros, cristais e espelhos, o que confere um efeito estético superinteressante, com pontos incomparáveis de brilho na pedra.

No entanto, o produto ainda não é fabricado no Brasil – cuja produção concentra-se nas rochas naturais, encontradas, aqui, em abundância. A maior parte das marcas distribuídas no País é importada. Por esse motivo, o preço também é superior ao das pedras naturais.

Colaboraram para esta matéria

Gerson Dutra de Sá – rquiteto, formado em 1979 pela Universidade Gama Filho. Foi desenhista da Light aos 14 anos. Desde 1993, trabalha em seu escritório em Moema (SP).
Marcos Pereira – Coordenador de marketing da Cosentino Brasil, fabricante da superfície de quartzo Silestone®.
Alexandre Garrido – Geólogo.