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Sistema unitizado de fachada cortina é o mais usado em edifícios corporativos

As opções, no entanto, não param por aí. Vão de fachadas ventiladas de cerâmica e painéis de alumínio composto (ACM), a granito e laminado TS

Publicado em: 17/11/2015

Texto: Redação AECweb/e-Construmarket

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Cortinas de vidro revestem a volumetria náutica do Infinity Tower, do aflalo/gasperine arquitetos (Foto: Daniel Ducci)

Os materiais e as soluções para envelopamento de fachadas vão além dos vidros e esquadrias. Existem as fachadas ventiladas de cerâmica, elementos de painel de concreto arquitetônico, painéis de alumínio composto (ACM), granito e laminado TS (decorativo de alta resistência). Entre as soluções mais empregadas na envoltória desses empreendimentos, entretanto, estão as industrializadas, com destaque para o sistema unitizado de fachada cortina.

A escolha dos materiais é sempre orientada para que a esquadria obtenha o máximo de eficiência em relação ao controle solar e ao isolamento acústico, sem deixar de atender à concepção arquitetônica do projeto
Crescêncio Petrucci Júnior

De acordo com o engenheiro Crescêncio Petrucci Júnior, diretor na Crescêncio Petrucci Consultoria, a solução apresenta inúmeras vantagens, como velocidade de execução, diminuição na quantidade necessária de mão de obra, flexibilidade para compor geometrias complexas e possibilidade de utilização de diferentes materiais e acabamentos, além de bom desempenho em relação à estanqueidade ao ar e à água. “A escolha dos materiais é sempre orientada para que a esquadria obtenha o máximo de eficiência em relação ao controle solar e ao isolamento acústico, sem deixar de atender à concepção arquitetônica do projeto”, afirma.

O ponto frágil do sistema de fachada cortina é seu processo de instalação. As principais empresas que atendem ao mercado corporativo contam com equipe técnica qualificada e estrutura de fábrica moderna, garantindo a qualidade do produto. “Entretanto, muitas vezes, a instalação das esquadrias deixa a desejar”, afirma Petrucci, lembrando que a responsabilidade pela instalação da fachada cortina é sempre do fabricante.

TEMPERATURA E ILUMINAÇÃO

Muitas das soluções aplicadas em fachadas corporativas pelo Brasil seguem tendências do mercado internacional, com diferenças mínimas. “No entanto, sempre temos de considerar as características climáticas, que fazem toda a diferença nos projetos”, destaca o consultor.

Muitas vezes, se tem a impressão de que em outros países as fachadas são mais modernas, mas é preciso observar as necessidades de cada local e as características de cada mercado
Crescêncio Petrucci Júnior

Em regiões mais frias, como a Europa, é preciso manter o calor no interior das edificações, pois o custo de aquecimento é elevado e, muitas vezes, maior do que o necessário para implantação de um sistema de resfriamento. Assim, fachadas com isolamento térmico eficiente são primordiais na região. O mesmo não acontece em locais com temperatura média mais alta, quando se torna necessário resfriar o ambiente interno.

INFLUÊNCIA DA LUZ NA ESCOLHA DOS MATERIAIS PARA FACHADAS

A iluminação natural também pesa nas decisões dos projetistas de envoltórias de prédios corporativos. Tomando a Europa como exemplo novamente, como alguns países têm longos períodos de baixa luminosidade natural, as edificações precisam de vidros claros que permitam um melhor aproveitamento da luz do dia. Já em regiões com abundância de luminosidade, é preciso controlar a entrada de luz para que não haja desconforto com ofuscamento, o que torna o vidro refletivo uma boa alternativa. “Muitas vezes, se tem a impressão de que em outros países as fachadas são mais modernas, mas é preciso observar as necessidades de cada local e as características de cada mercado”, ressalta Petrucci.

Veja edifícios corporativos na Galeria da Arquitetura:
- Pátio Victor Malzoni, de Botti Rubin
- Infinity Tower, de aflalo/gasperini arquitetos
- The Prime, do escritório Königsberger Vannucchi
- Edifício Icon, do escritório Sito Arquitetura

Colaborou para esta matéria

Crescêncio Petrucci Júnior – Engenheiro civil com 29 anos de experiência em esquadrias e fachadas, com atuação em toda a cadeia produtiva do setor, como indústria de fabricação de esquadrias, projetos, obras e consultoria técnica. É diretor na Crescêncio Petrucci Consultoria, empresa que atua como prestadora de serviços de consultoria técnica e desenvolvimento de projetos de esquadrias de alumínio, especificação de vidros e fiscalização de obras.