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Serra mármore ou serra circular: quando e como utilizá-las

Enquanto a serra mármore é indicada para trabalhos com cerâmica, pedra, granito, porcelanato e alvenaria, a serra circular deve ser usada nos cortes de madeiras

Publicado em: 25/06/2021Atualizado em: 07/07/2021

Texto: Redação AECweb/e-Construmarket

Serra mármore
O equipamento errado pode prejudicar o trabalho e colocar em risco o operador (Foto: SmoothGoodies/Shutterstock)

Atividades que envolvem o corte de materiais são bastante comuns no canteiro de obras e, para isso, existem sempre os equipamentos adequados. A solução empregada em trabalhos com metais é diferente daquela utilizada em alvenarias, por exemplo. Utilizar maquinário errado pode tanto prejudicar o resultado quanto colocar em risco o operador.

Os cortes de cerâmicas, pedras e granitos devem ser realizados com a serra mármore
Cesar Messano

Antes de iniciar qualquer tarefa, é aconselhável conhecer os detalhes técnicos dos equipamentos e as recomendações dos fabricantes. “Os cortes de cerâmicas, pedras e granitos devem ser realizados com a serra mármore”, afirma Cesar Messano, gerente de Marketing da Stanley. “Ela também pode ser aproveitada com porcelanatos, alvenaria e concreto”, complementa Marcelo Batista, promotor Técnico da Dewalt.

Por outro lado, ao lidar com madeira, a serra circular passa a ser a mais indicada. “Ela é ideal no caso de compensados, MDF, MDP, entre outras”, comenta Messano. Os materiais produzidos a partir dos plásticos também podem ser cortados com essa ferramenta. “Trata-se de uma máquina de uso restrito, direcionada para construção civil, marcenarias, carpintarias e tapeçarias”, adverte.

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Serra mármore

Destinada para profissionais da construção civil, a serra mármore conta com potente motor que possibilita sua utilização até mesmo em trabalhos mais pesados. “Apresenta interruptor de segurança, empunhadura com desenho ergonômico e a possibilidade de ajuste de altura para um corte com melhor acabamento”, diz Messano. Compacta, tem tamanho e peso reduzidos, facilitando assim a execução das atividades.

“A serra mármore é dotada de acesso simples e rápido para troca de carvão. É capaz de atingir profundidade de 38 mm, porém, por meio de regulagens, permite cortes com alcances menores. Dispõe de guarda de segurança para discos com diâmetro de 125 mm, além de interruptor com trava, com a função de impedir qualquer acionamento involuntário do equipamento”, detalha Batista.

O mercado oferece serras mármore de potências distintas, como 1.200W ou 1.400W. Além disso, o produto é vendido com acessórios variados, sendo que cada fabricante disponibiliza opções diferentes. “A Stanley comercializa a ferramenta juntamente com a chave de aperto, acompanhada de um kit de refrigeração, um disco e a chave de aperto; ou então, com cinco discos e a chave de aperto”, enumera Messano.

“A Dewalt tem a serra mármore com uma chave para troca do disco e outra hexagonal de 5 mm; junto com três discos diamantados e as duas chaves; além do conjunto composto pelo equipamento, disco diamantado, kit de refrigeração e as chaves”, comenta Batista. No momento de manusear a ferramenta, é preciso inicialmente verificar se o interruptor está desligado antes de conectá-la à tomada.

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Outra recomendação é se certificar que o material que será cortado está bem apoiado e/ou fixo. “O disco tem que ser deixado em um ângulo de 90° em relação à pele. Na sequência, posicione a serra sobre a superfície que deseja cortar. Segure firme o equipamento para evitar que ele trave, tomando o cuidado de sempre realizar o movimento na horizontal”, explica Messano. As mãos devem sempre permanecer longe das partes móveis e rotativas.

A NR-18 não especifica exatamente os EPIs, mas indica o vestuário adequado. Sem adornos ou roupas soltas, o operador pode ser condicionado às regras internas de segurança, dependendo de onde está trabalhando
Marcelo Batista

Ao utilizar a serra mármore, o profissional precisa estar com os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), como luvas, botas ou sapatos antiderrapantes, respiradores, óculos e protetor auricular. “A NR-18 não especifica exatamente os EPIs, mas indica o vestuário adequado. Sem adornos ou roupas soltas, o operador pode ser condicionado às regras internas de segurança, dependendo de onde está trabalhando”, diz Batista.

Serra circular

A serra circular é uma máquina leve, compacta e ergonômica, com empunhadura auxiliar no manuseio e controle. “Apresenta guarda de segurança inferior para minimizar golpes, ajuste de profundidade de corte, com ângulo variando de 0 a 48°, e interruptor com trava”, detalha Batista. “O punho é revestido com borracha e a empunhadura superior facilita no controle das aplicações. Há também fácil acesso às escovas de carvão”, complementa Messano.

Assim como a serra mármore, a circular também pode ser encontrada em diferentes tipologias. “A Stanley tem o modelo de 1.600W, em um conjunto composto pela máquina, um disco de 18 dentes e chave e aperto”, fala Messano. “A Dewalt oferece três opções: a primeira de 1.400 W e peso de 3,5 kg; a segunda de 1.800 W e 4 kg; e a terceira a bateria, com 60V MAX e 4,6 kg”, detalha Batista.

Os cuidados no manuseio da serra circular são bastante semelhantes ao da serra mármore, por exemplo, aferindo se o interruptor está desligado antes de o equipamento ser colocado na tomada. “Depois de ser certificar que o material a ser cortado está devidamente fixado, é preciso providenciar o disco, instalá-la no ângulo correto, alinhar a serra ao material e guiá-la ao longo da linha do corte”, afirma Messano.

A segurança do operador também é garantida pelos EPIs, sendo que a recomendação é que sejam providenciados os mesmos equipamentos necessários para uso da serra mármore. “Novamente, a NR-18 não detalha os EPIs, somente informa quais as vestimentas adequadas para esse tipo de trabalho”, conclui Batista.

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Colaboração técnica

Cesar Messano — Gerente de Marketing da Stanley, tem 16 anos de experiência no mercado B2B no segmento de bens de consumo. Com foco na liderança, definição estratégica e gestão das unidades de negócio das marcas Black+Decker e Stanley, nas divisões de ferramentas elétricas, jardim, lavadoras de alta pressão, automotiva e pintura.
Marcelo Batista — Formado em Marketing, tem 15 anos de experiência no mercado de máquinas e ferramentas, atuando em vendas técnicas e desenvolvimento de mercado nos seguimentos, automotivo, industrial e profissional. Dos 15 anos de mercado, os últimos cinco foram na Stanley Black & Decker do Brasil. Atualmente é promotor Técnico da Dewalt.