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Robustez e design pautam a escolha de arquivos deslizantes

Economia de espaço e facilidade de organização são motivos que induzem o uso desta solução de armazenamento. Saiba mais

Publicado em: 13/02/2020Atualizado em: 05/08/2022

Texto: Juliana Nakamura

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Os arquivos deslizantes são compostos por um conjunto de estantes modulares estruturadas em aço, que se deslocam sobre trilhos fixados em plataformas de madeira ou diretamente no piso (foto: New Africa/ Shutterstock)

Especialmente indicados para ambientes que precisam racionalizar o uso do espaço, os arquivos deslizantes têm adquirido cada vez mais protagonismo em projetos corporativos. Isso se explica por três motivos. Primeiro porque as empresas têm operado com uma estrutura organizacional mais enxuta, demandando flexibilidade. Depois pelo custo do metro quadrado comercial, em valorização. Há, ainda, a evolução dos próprios arquivos deslizantes, que nos últimos anos, passaram a se integrar melhor com os interiores dos escritórios.

ARQUIVOS DESLIZANTES - COMO FUNCIONAM?

Arquivos deslizantes - Produtos 

Os arquivos deslizantes são compostos por um conjunto de estantes modulares estruturadas em aço, que se deslocam sobre trilhos fixados em plataformas de madeira ou diretamente no piso. Com isso, em vez de vários corredores separando as estantes, há apenas um corredor móvel que troca de lugar conforme o usuário movimenta os módulos.

Alguns projetos com arquivos deslizantes chegam a economizar até 70% do espaço utilizado para armazenagem, em comparação a sistemas convencionais, com armários e arquivos com gavetas. Outros benefícios associados são a melhor organização de documentos, maior segurança e mais produtividade decorrente da facilidade para acessar o acervo.

Os arquivos deslizantes são estruturados com materiais que os tornam mais leves, facilitando a instalação e a operação pelo usuário
Bruna de Lucca 

"Hoje os arquivos deslizantes são estruturados com materiais que os tornam mais leves, facilitando a instalação e a operação pelo usuário. Também temos elementos de segurança agregados que protegem o usuário durante o manuseio, evitando acidentes", diz a arquiteta Bruna de Lucca, diretora de Projetos no Studio BR.

COMO ESPECIFICAR?

A escolha de um sistema de armazenamento deslizante deve se pautar em aspectos como a quantidade e tipologia dos itens a serem guardados, as condições da área disponível (dimensões, ventilação, desníveis etc.) e o manuseio, sobretudo o número de pessoas que terão acesso ao arquivo. Dependendo da quantidade de usuários que consulta simultaneamente um arquivo, pode ser necessário utilizar mais de um corredor operacional, o que acaba por reduzir a economia de espaço.

As características do objeto a ser armazenado definem a robustez das chapas de aço utilizadas no arquivo, bem como o eventual reforço estrutural necessário na laje do imóvel. A qualidade da estrutura dos arquivos deslizantes é um ponto crítico, uma vez que eventuais fragilidades podem implicar em desalinhamento das peças.

Visando a integração harmônica com o estilo e com a identidade de cada empresa, o projeto com arquivos deslizantes pode tirar proveito de diferentes tipos de materiais e revestimentos, além de variadas opções de cores, e luminárias internas.

"As demandas específicas dos usuários também impactam a escolha do acabamento necessário para preservação do arquivo e das áreas lindeiras, no caso de armazenagem de produtos químicos", acrescenta Lucca. Segundo ela, 98% dos projetos corporativos realizados em seu escritório utilizam arquivos deslizantes.

ACIONAMENTO MECÂNICO OU ELETRÔNICO

Além do design e da robustez, os arquivos deslizantes podem ser movimentados por acionamento mecânico ou eletrônico. O primeiro tipo, operado por uma manivela, é mais indicado para o dia a dia e para arquivos de até quatro módulos. Já o segundo tipo deve ser empregado para solucionar a organização de equipamentos com muitos módulos. Além de proporcionar maior agilidade na localização da informação desejada, o acionamento eletrônico disponibiliza uma central de dados com diversos terminais de consulta.

A opção pela movimentação eletrônica eleva consideravelmente o custo do arquivo e não necessariamente contribui para as questões de sustentabilidade
Heloisa Dabus 

"A opção pela movimentação eletrônica eleva consideravelmente o custo do arquivo e não necessariamente contribui para as questões de sustentabilidade", comenta Dabus, segundo a qual, a opção pela movimentação manual é a mais utilizada, já que também permite a movimentação dos módulos com muita facilidade e suavidade. A arquiteta conta que esse modelo foi o utilizado no escritório da Hansgrohe, empresa multinacional do ramo de metais e acabamentos, em São Paulo. “Neste caso, envelopamos o arquivo em alinhamento com a comunicação visual do projeto, e conseguimos uma economia de espaço de, pelo menos, três vezes, em comparação aos arquivos convencionais”, conclui.

Colaboração técnica

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Heloisa Dabus - Arquiteta e urbanista formada pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Mackenzie. Possui mestrado em arquitetura pela Universidade do Colorado, nos Estados Unidos, e está à frente do escritório Dabus Arquitetura.
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Bruna de Lucca - Formada em arquitetura e urbanismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, é especializada em arquitetura contemporânea e branding aplicado à arquitetura pelo Instituto Europeo de Design. É diretora de projetos do Studio BR, escritório de desenvolvimento multidisciplinar de projetos de arquitetura e gestão.