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Retroescavadeiras estão entre os equipamentos mais requisitados

Elas são comparadas a canivete suíço, ou porta-ferramentas, em razão da versatilidade de aplicações

Publicado em: 29/02/2016Atualizado em: 10/05/2016

Texto: Redação PE

Redação PE



As retroescavadeiras têm requisitos de sobra para se manterem entre os equipamentos mais cotados: basta implementá-las com rompedor hidráulico, garfo pallet, placa vibratória, caçambas de variados tamanhos e funções, vassoura hidráulica, implementos florestais, perfuratrizes e pronto! A máquina funciona como um canivete suíço para trabalhar em diferentes áreas.

No ano passado, a Caterpillar comemorou 15 anos do início da produção de retroescavadeiras no Brasil e 30 no mundo, com 300 mil unidades comercializadas. Em fevereiro de 2016, a empresa lançou a série F2 de retroescavadeiras, modelos 416F2 e 420F2 produzidos na fábrica da empresa em Campo Largo (PR).

“A princípio, a produção dessa linha está focada na exportação para países latino-americanos, africanos e do norte da Ásia, já que as vendas para o mercado brasileiro hoje estão retraídas”, explica o presidente da Caterpillar Brasil, Odair Renosto. Contudo, a maior parte da produção da empresa ainda tem sido destinada ao mercado interno. “Se os negócios no Brasil continuarem desacelerados, a tendência é que o quadro se reverta e as exportações atinjam um percentual maior. A empresa conta com linhas atualizadas e prontas para atender ao mercado internacional”, confirma o presidente.

A configuração mecânica da série F2 está reforçada para o uso de implementos como rompedores hidráulicos, garras, compactador entre outros. “O design da lança das retroescavadeiras está desenhado de forma mais reforçada, similar a uma escavadeira”, informa Rodrigo Cera, especialista de aplicação de produto da fábrica da Caterpillar em Campo Largo.

De acordo com ele, o desempenho de carregamento foi melhorado nessa nova série. “O braço agora tem design paralelo, o que aumenta a força de desagregação do material em 13%, a capacidade de levantamento em altura máxima em 10% e altura máxima de despejo em 17 centímetros”, diz Rodrigo, acrescentando que os novos modelos chegam a atingir 40 quilômetros/ hora de velocidade máxima, com 14% de força maior que modelos anteriores da marca.

Dimensões reduzidas e boas manobras

Acrescente outra vantagem para as retroescavadeiras: a facilidade de transporte. Por ser uma máquina de pneus, desloca-se com velocidade e agiliza os trabalhamos numa obra. Uma referência mundial em concepção de projeto e fabricação de retroescavadeiras é a Case, que destaca o modelo 580N fabricado no Brasil.

De acordo com a fabricante, a máquina proporciona conforto, ergonomia, com força de desagregação no braço de escavação, braço da carregadeira robusto, bom alcance de descarga e altura máxima melhorada. Produzida na fábrica da Case em Contagem (MG), possui os opcionais de transmissão Powershift S-Type e do controle do implemento traseiro Pilot Control, que aumentam o conforto ergonômico e a produtividade, pois reduzem o cansaço do operador. A nova transmissão é mais indicada para trabalhos com deslocamento e uso do implemento frontal. E o Pilot Control é mais requisitado em aplicações com implemento traseiro de escavação.

“No mercado brasileiro, a 580N é a única com essas duas tecnologias conjuntamente ou separadas, de acordo com a necessidade. Como a retroescavadeira é o equipamento mais versátil do segmento, é comum que ela tenha várias aplicações e que a parte traseira e dianteira sejam igualmente importantes”, destaca Carlos França, gerente de marketing da Case para a América Latina.

Escavação, abertura de valas e elevação de cargas

A New Holland Construction fornece no Brasil três modelos de retroescavadeiras: B90B, B95B e B110B para serviços como escavação, elevação de carga e abertura de valas com rapidez e precisão. Rafael Barbosa, especialista de marketing de produto da empresa, diz que versatilidade é a palavra que mais se encaixa quando se fala em retroescavadeiras.

“A máquina é capaz de realizar tarefas além dos canteiros de obra, desempenhando bom papel em limpeza, obras de manutenção, recuperação de ruas, redes pluviais e esgotos”, observa.

A B95B se destaca pela agilidade, alcance, precisão e força, além de oferecer segurança na operação. Assim como a versão B11B, a máquina possui motores turboalimentados, que oferecem mais torque e potência. De acordo com Rafael, o motor New Holland utiliza componentes robustos e correias poli–V autoajustáveis para maior durabilidade. “Jatos de óleo refrigeram a parte inferior dos pistões para um controle perfeito da temperatura, uma função que geralmente é reservada a motores de maior potência”, explica.

Aumento de produtividade em construtora

A Primavera Equipamentos, localizada na cidade de Novo Mundo (MS), realiza obras de preparação de terrenos na cidade há quase 30 anos, além de construir tanques para piscicultura. Nos dois casos, a empresa utiliza a retroescavadeira H940C, da BMC-Hyundai.

Segundo Sílvio Westmaier, gerente da construtora sul-mato-grossense, a retroescavadeira Hyundai é ágil e com potente força de escavação. “É possível compará-la a um carro pois a cabine é bem silenciosa”, completa Sílvio. “Já entrei até em barreiro com ela que, por ser pesada, achei que não ia conseguir cumprir o serviço. Mas ela entrou e desempenhou muito bem”, resume o especialista da Primavera, acrescentando que a H940C é uma das melhores retroescavadeiras.

Edson Gongora, representante comercial da BMC-Hyundai no Mato Grosso do Sul, destaca que as características de agilidade e força de escavação são resultado dos recursos da máquina. “A vazão maior da bomba favorece uma operação mais ágil, devido a redução do tempo de ciclo de operação”, diz Edson.

Retroescavadeira ganha guincho para big bag

Thomas Serrarens, um dos sócios do Grupo Barreiro, informa que utiliza uma retroescavadeira JCB 3C 4x4 que além de realizar serviços como escavação e carregamento simples, faz também carregamentos de feijão, carga e descarga de fertilizantes. O grupo se dedica ao setor agrícola no plantio de grãos como soja, milho, feijão, além do cultivo do algodão e laranja. Além de usar tratores agrícolas, também emprega equipamentos para trabalhos como carga e descarga de produtos como calcário, gesso e fertilizantes em grandes sacos chamados de big bag.

“O rendimento no trabalho é muito bom pois a máquina conta com um câmbio de frente e reversão muito melhor e mais fácil de trabalhar, além do giro bem mais curto. Tudo isso facilita e dá mais agilidade nas manobras dentro do barracão”, diz Thomas.

Antes da chegada da retroescavadeira, o trabalho era realizado por tratores agrícolas com um kit adaptado na parte da frente. Para o empresário, o serviço quando executado pelo trator perde em agilidade. “Usamos muito parte traseira da retro para aberturas de adutores, limpeza de valetas, saídas de água e manutenção de estradas”, diz Thomas. E agora com o kit adaptado, a retro consegue realizar o trabalho do trator com mais eficiência.

Focada no canteiro de obra

A Randon tornou-se uma tradicional fabricante de retroescavadeira com duas versões da  RD 406: a Advanced e a Standard. Segundo a empresa, as máquinas possuem tecnologia de ponta, fácil manutenção, baixo custo operacional e de consumo de combustível.

Os principais atributos desses equipamentos são segurança, conforto e alta produtividade operacional. Desenvolvidas, especialmente, para aplicação em obras de infraestrutura e construção civil, as máquinas contam com estrutura reforçada para suportar grandes cargas, choques e torções em severas aplicações.

 

Colaboraram para esta matéria

Carlos França - Gerente de marketing da Case para a América Latina

Edson Gongora - Representante comercial da BMC-Hyundai no Mato Grosso do Sul

Odair Renosto - Presidente da Caterpillar Brasil

Rafael Barbosa - Especialista de marketing de produto da New Holland Construction

Rodrigo Cera - Especialista de aplicação de produto da fábrica da Caterpillar em Campo Largo

Sílvio Westmaier - Gerente da Primavera Equipamentos

Thomas Serrarens - Um dos sócios do Grupo Barreiro

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