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Quais são os acabamentos mais adequados para viabilizar reformas rápidas?

Materiais que podem ser instalados sobre revestimentos existentes – como pisos vinílicos e laminados – agilizam a reforma e reduzem o custo de intervenção em ambientes secos. Veja outras soluções

Publicado em: 24/09/2018Atualizado em: 27/09/2018

Texto: Redação AECweb/e-Construmarket

piso vinilico
Piso vinílico pode ser aplicado sobre outros pisos, acelerando o processo de reforma (foto: shutterstock / Dagmar Breu)

Reformas completas, que envolvem demolições, nem sempre são desejáveis. Além de causarem transtornos como sujeira, demora de execução e necessidade de desocupação do imóvel, envolvem custos altos e, em geral, não são ambientalmente sustentáveis. Assim, a não ser que a demolição seja realmente necessária, o mais inteligente é optar por alternativas menos drásticas para transformar e renovar os ambientes.

Em reformas de áreas secas, como em salas e dormitórios, a demolição e substituição do piso, bem como a construção de novas infraestruturas de elétrica e ar-condicionado são as etapas que mais consomem tempo e dinheiro. “A quebra de gesso também costuma ser complicada porque o resíduo é cobrado de forma especial”, comenta a arquiteta Marcia Campetti, sócia do Estúdio Campetti. Por isso, segundo ela, o ideal é fazer um projeto que tente reaproveitar ao máximo o gesso existente.

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PISOS VINÍLICOS E LAMINADOS

“Para tornar a obra mais rápida, uma das estratégias possíveis é aplicar revestimentos sobrepostos sobre os existentes”, afirma a arquiteta Marina Cardoso Almeida, sócia do Tria Arquitetura. Entre as alternativas estão os pisos vinílicos e laminados, que podem ser utilizados em substituição aos pisos de madeira e aos porcelanatos. Encontrados com uma ampla variedade de cores e texturas, esses revestimentos têm como ponto forte a instalação mais ágil, geralmente com cola ou com réguas encaixadas entre si.

“Um cuidado importante na hora de especificar esses revestimentos é garantir que as superfícies estejam muito bem regularizadas, limpas e secas antes da aplicação”, comenta Almeida, lembrando que as espessuras e a resistência dos materiais também são critérios que devem ser analisados para garantir uma solução durável e segura para os usuários.

Para tornar a obra mais rápida, uma das estratégias possíveis é aplicar revestimentos sobrepostos sobre os existentes
Marina Cardoso Almeida

Nos casos em que o contrapiso apresentar depressões, irregularidades ou imperfeições, a saída é aplicar uma camada de massa de regularização para nivelar juntas e eliminar imperfeições. Se a superfície estiver muito lisa, a preparação pode exigir, ainda, a aplicação de um primer abrasivo.

PAREDES NOVAS

“Réguas de revestimento vinílico não precisam ficar restritas aos pisos. Elas também podem ser instaladas em paredes, criando painéis com diferentes tipos de paginações”, sugerem as arquitetas Bruna Caroline de Souza e Emanuella Leite, sócias do BE.Studio.

Ainda para as paredes, a solução mais empregada em obras expressas envolve o preparo da superfície com massa, seguido de pintura. Nesse caso, o melhor é optar por tintas à base de água e, se possível, com propriedades antibacterianas e antimofo.

Também são soluções recomendadas os adesivos e os papéis de parede. Ambos são aliados de quem busca uma transformação radical sem quebradeira, já que também podem ser aplicados sobre revestimentos existentes. Campetti recomenda, no entanto, recorrer aos papéis de parede vinílicos, que têm manutenção e durabilidade maiores. “Para fixação, sugiro usar colas à base de água, que são menos poluentes e não têm cheiro tão forte”, comenta a arquiteta.

Réguas de revestimento vinílico não precisam ficar restritas aos pisos. Elas também podem ser instaladas em paredes, criando painéis com diferentes tipos de paginações
Bruna Caroline de Souza e Emanuella Leite

INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

A modernização das instalações elétricas também pode ser conduzida sem extrapolar os custos ou o cronograma. Nesse sentido, são cada vez mais utilizados os pontos não embutidos, deixando as instalações à mostra.

Esse tipo de solução agrega ao usuário facilidade em eventuais mudanças no layout e em manutenções. “Mas um cuidado importante é trabalhar com conduletes galvanizados para que seja possível a passagem dos novos fios sem ficar com aspecto improvisado”, diz Marina Almeida.

A arquiteta Marcia Campetti concorda e recomenda atenção extra à escolha dos tubos aparentes, uma vez que o custo desses componentes pode fazer a obra ficar mais cara do que se as instalações fossem embutidas. Também é imprescindível planejar a instalação com cuidado para que ela fique organizada e funcional.

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Colaboração técnica

Marina-Cardoso-de-Almeida
Marina Cardoso de Almeida – Arquiteta e urbanista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie com especialização na Universidad Politecnica de Madrid. Junto com a arquiteta Sarah Bonanno, dirige o Tria Arquitetura, que desenvolve projetos com diversas escalas, entre elas residencial, comercial, varejo e interiores.
Marcia-Campetti
Marcia Campetti – Arquiteta e urbanista pós-graduada em Coolhunting e Gestão de Tendências na PUC. Atua há mais de vinte anos em arquitetura e interiores nas áreas residencial e comercial. É sócia do Estúdio Campetti.
Bruna Caroline de Souza e Emanuella Leite – Arquiteta e designer gráfica, respectivamente, as profissionais são sócias do BE.Studio onde desenvolvem design de interiores para empreendimentos residenciais, comerciais e corporativos.