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Projeto de elevadores prioriza estética e valoriza edifícios

Além da segurança e do atendimento às normas técnicas, o projeto de elevadores também considera o desenho, a beleza e a qualidade dos materiais. Saiba mais

Publicado em: 09/03/2009Atualizado em: 17/10/2022

Texto: Redação AECweb


Design de elevadores, valor agregado

Muito além de um equipamento de transporte nos edifícios, o elevador é um elemento de valor agregado do empreendimento. “Um elevador de aço inoxidável, mesmo bonito esteticamente, é apenas o ‘arroz com feijão’”, constata Robert Bilton, diretor da Zapplift, empresa que há dez anos dedica-se às atividades de manutenção, consultoria e design de elevadores. Entre os edifícios em que a empresa já atuou executando o design dos elevadores estão os paulistanos Rochaverá e WTorre.

“O elevador é visto como um diferencial para o edifício. Recebemos o desenho do arquiteto e analisamos o que ele deseja que seja feito no elevador. Verificamos a viabilidade, se a tipologia de vidro escolhida está dentro das normas técnicas, ou se o material, apesar de bonito, pode amarelar em dois anos. Trabalhamos em conjunto com o fabricante do elevador para que a execução esteja de acordo com as normas de segurança. O corpo técnico deve trabalhar em sintonia com os projetistas do empreendimento, estabelecendo relação entre as questões técnicas e estéticas”, diz, acrescentando que por mais caros que sejam os materiais escolhidos pelo cliente, o serviço é realizado, o que prevalece é a valorização do edifício.

Segundo ele, na atividade de consultoria, também desempenhada pela empresa, são analisadas diversas variáveis do elevador, como a

tecnologia utilizada, velocidade e capacidade de fluxo, para a redução de custos posteriores com manutenções e reformas desnecessárias.

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Fascínio pelo belo
Para Bilton, o usuário vai se sentir confortável em seu interior e achar que o elevador é muito melhor, se tiver uma estética elaborada e bom funcionamento. Ele relata situações curiosas: “Ao fazermos a manutenção num elevador e implementarmos apenas um projeto estético, o cliente chega a achar que o funcionamento está superior. Assim como o contrário, casos em que modernizamos o quadril de controle do elevador, não alteramos a estética, e o cliente achou que não se fez nada”, conta. A Zapplift atende construtoras, arquitetos e edifícios, interessados em personalizar as cabinas dos elevadores, acompanhando a arquitetura dos demais setores dos edifícios, ou mesmo na atualização do design, dentro dos novos padrões adotados pelo mercado.


Design de elevadores, valor agregado


Entre os materiais mais utilizados para compor o visual dos elevadores, estão os vidros serigrafados em diversas cores, aço importado, madeira e mármore. “O mármore, sendo um material pesado, para ser colocado em um elevador deverá ter cerca de 2 cm de espessura, pesando 60 kg por metro quadrado. Se em uma cabina for colocado 20 m² , já serão 800 kg , então a máquina do elevador terá que ser muito forte para operar e o gasto seria de R$ 400 mil a mais”, observa o diretor.


A alternativa é utilizar a placa ‘slimstone’, solução mais leve, composta por rocha natural e laminado melamínico. “O ‘slimstone’, além de ser empregado em elevadores, está começando a ser utilizado em armários de cozinha, barcos e iates. O custo aumenta 25%, porém é bem mais leve, pois o mármore é cortado em uma espessura de 5 mm e o peso do metro quadrado é na faixa de 19 Kg ”, compara, enfatizando que a preocupação principal é que a decoração não afete o funcionamento do elevador, tanto no desempenho técnico quanto na segurança dos usuários. “Daí a importância que damos em analisar o projeto de design em conjunto com a empresa fornecedora do elevador”, comenta.


Durante a aplicação do design, são necessários cuidados com a manipulação dos materiais, que muitas vezes são frágeis. “Com relação à manutenção da decoração, a frequência é baixa, em torno de uma vez ao ano. Já a manutenção do maquinário é de, pelo menos, uma vez ao mês e consiste em processos de inspeção, limpeza, lubrificação e ajustes, reduzindo a quebra dos equipamentos e garantindo maior conforto e segurança”, diz.


Quanto à vida útil dos elevadores, Bilton arrisca o período de 35 anos, que considera a média da durabilidade em edifícios de São Paulo. “Os mais modernos, com comandos eletrônicos, já são superiores em relação aos antigos. Acredito que as modernizações tenderão a ser feitas com mais frequência, devido à alta inovação da tecnologia que os deixa cada vez mais rápidos, seguros e com sistemas modernos de despacho”, finaliza Robert Bilton.