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Portas giratórias colaboram com a eficiência energética: saiba especificar

Produzidas em alumínio, aço inox, latão ou vidro, podem ser instaladas em empreendimentos dos mais variados tipos, garantindo segurança e valorizando as fachadas

Publicado em: 13/12/2019Atualizado em: 14/01/2020

Texto: Redação AECweb/e-Construmarket

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Portas giratórias  garantem segurança e melhor aspecto estético às fachadas dos edifícios (Foto: denisik11/ Shutterstock)

Comuns no setor da construção civil, os artefatos de cimento se dividem em duas categorias, cada uma com suas próprias finalidades de uso e procedimentos de fabricação. Na primeira estão os vibroprensados, produzidos com concreto semisseco. Já o segundo grupo é composto pelos dormidos, que são materiais feitos com concreto plástico.

Na Europa, são denominadas ‘portas verdes’, por isolarem o ambiente interno do externo, o que reduz o consumo de energia do ar-condicionado e minimiza o desgaste dos equipamentos
Dante Boccuto

As portas giratórias cumprem uma série de funções e, ainda, colaboram para a obtenção de certificações de impacto ambiental nas edificações. “Na Europa, são denominadas ‘portas verdes’, por isolarem o ambiente interno do externo, o que reduz o consumo de energia do ar-condicionado e minimiza o desgaste dos equipamentos”, diz o engenheiro Dante Boccuto, gerente sênior do Grupo de Produtos e Negócios da DormaKaba, acrescentando que esse tipo de fechamento evita a poluição sonora e reduz a sujeira no ambiente interno.

Veja no Portal AECweb portas giratórias com detector de metais

Confira, ainda, portas giratórias sem detector de metais

Segundo Fábio Prandini, diretor Comercial da Speed Door, as portas giratórias também garantem segurança e melhor aspecto estético às fachadas dos edifícios. Além disso, seu emprego pode ser feito em todos os tipos de empreendimentos. “Depende apenas do projeto do arquiteto, mas com o devido cuidado e com acessórios diferenciados caso haja alguma situação de emergência e precise evacuar o local rapidamente”, comenta.

Essa tecnologia está definitivamente presente em edifícios corporativos, hotéis, museus, clubes e aeroportos. “E em qualquer edificação que esteja localizada numa área onde existem grandes correntezas de ar. Em São Paulo, por exemplo, nos prédios do vale do Rio Pinheiros”, diz Boccuto.

As portas giratórias em museus atuam diretamente na qualidade do ar do ambiente interno, pois possibilitam que a temperatura e a umidade se mantenham controladas e constantes, garantindo as exigências de conservação das obras de arte. “Além disso, asseguram o conforto dos visitantes que, via de regra, permanecem por horas dentro desse recinto”, explica Boccuto. Ele conta que o Instituto Inhotim (MG) é um exemplo do desenvolvimento de especificações para cada um dos cinco espaços que abrigam as exposições.

Os especialistas concordam que essas portas dão visibilidade à fachada e valorizam edifícios corporativos e hoteleiros. Nos hotéis à beira-mar, elas têm a função adicional de deixar para fora a areia da praia. “O que é um atrativo para o usuário que, muitas vezes, quer usufruir do lobby do hotel sem ser incomodado”, comenta Boccuto.

Como funcionam

As portas giratórias podem ser manuais, semiautomáticas ou totalmente automáticas, variando de diâmetro desde 2 m até 6 m. As manuais, acionadas mecanicamente pelos usuários, podem ser de três ou quatro folhas, de acordo com o projeto e fluxo de pessoas. “As semiautomáticas são acionadas manualmente, tirando-as da inércia. A partir daí, fazem a rotação automaticamente até parar no ponto inicial”, explica Boccuto.

As portas totalmente automáticas são acionadas através de sensores de movimento (ativadores) e fazem a rotação automaticamente até completar o ciclo. Existem sensores passivos infravermelhos, que garantem a proteção dos usuários. “Ou seja, caso o usuário pare durante a rotação da porta, ela interrompe o giro até que a pessoa reinicie o movimento. As portas giratórias sociais são providas de redutor de velocidade e sistema antipânico, que fazem com que as folhas dobrem, em caso de sinistro”, expõe o engenheiro.

Quando instaladas em agências bancárias, devem ser entendidas como elementos que devem proporcionar confinamento e segurança ao local, e diferem das portas giratórias sociais. De acordo com Boccuto, seu diâmetro fica entre 1,60 m a 1,80 m, aproximadamente, e o seu eixo é fixo, sem sistema antipânico. Esse tipo de porta pode receber fechadura eletromecânica com travamento automático e detectores de metais. O vidro blindado pode ser um elemento a mais, dependendo da exigência do projeto.

Materiais

As portas de alumínio com vidro são as mais comuns
Fabio Prandini

Segundo Prandini, as portas giratórias podem ser produzidas em alumínio, aço pintado, aço inoxidável ou vidro. “As de alumínio com vidro são as mais comuns”, diz. Já o engenheiro comenta que o produto é, geralmente, customizado e fabricado de acordo com cada projeto. “Elas podem, também, ser fabricadas em latão ou totalmente em vidro”, fala Boccuto.

Especificação

De acordo com Dante Boccuto, os arquitetos devem, inicialmente, buscar a harmonia das portas giratórias com a fachada. Depois, avaliar o fluxo de pessoas que irão utilizar o empreendimento e, por fim, adequar o orçamento para a valorização do imóvel. Veja, a seguir, passos importantes para a especificação do material, segundo o engenheiro:

• Tipo de empreendimento (corporativo, hoteleiro, indústria, museu, aeroporto etc.);
• Diâmetro a ser especificado de acordo com o fluxo de usuários;
• Altura total e altura útil: determinar a testeira da porta – elemento que fica entre a altura total e a altura útil. Nesse espaço é que geralmente encontra-se o redutor de velocidade ou a automatização;
• Número de folhas: 2, 3 ou 4 folhas;
• Manual, semiautomática ou totalmente automática;
• Acabamento;
• Cronograma de montagem e entrega da obra.

Fabio Prandini destaca que o arquiteto deve definir as necessidades do projeto considerando a acessibilidade como principal aspecto. “Seguem-se quesitos como acabamentos, se a porta é de segurança ou não, e se é a única rota de fuga que haverá no local em caso de emergência”, diz.

“Quanto à acessibilidade, existem inúmeras soluções que contribuem para a especificação da porta giratória. Normalmente, são criadas portas pivotantes laterais com sistemas de molas, ou portas automática pivotantes e barras antipânico, que são aprovadas pelo Corpo de Bombeiros não só para a acessibilidade, mas como rota de fuga”, conclui Boccuto.

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Colaboração técnica

engenheiro-civil-claudio-carvalho
Dante Boccuto Junior - Engenheiro Civil formado pela Universidade Mackenzie, com Pós-Graduação em Administração Especializado em Marketing-FGV e MBA-USP em Controladoria. Profissional da área de Comercial da dormakaba, cuja fusão entre Dorma+Kaba ocorreu em 2015, o que nos credencia como líder de mercado no segmento. Responsável pela introdução de produtos no mercado brasileiro, dentre eles, molas hidráulicas para portas, ferragens para vidro temperado e seus acessórios, portas automáticas, portas giratórias, e por último responsável por serviços. Com a fusão, foram agregados produtos que complementam o portfólio do grupo, os quais mencionamos as fechaduras eletrônicas para hotelaria, fechaduras para cofres, catracas, controles eletrônicos de acessos, CFTV, Softwares específicos para integração e Serviços. Atualmente responsável por treinamento e toda linha de produtos dormakaba e vendas no segmento da construção civil, tendo atuado como coordenador de normas para portas automáticas na ABNT.
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Fabio Prandini - Empresário, Graduado em Matemática pela Universidade São Marcos com Pós Graduação em Negócios e Tecnologia pelo Instituto Brasileiro de Negócios e Tecnologia USP, atua como Diretor comercial da Speed Door há mais de 30 anos. Tem vasta experiência na instalação de portas automáticas sociais, nacionais e importadas espalhadas por todo território nacional.