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Pernambuco se volta para energia solar

Estado poderá ter cerca de 3% de sua energia produzida a partir de usinas fotovoltaicas

Publicado em: 27/07/2015

Texto: Redação AECweb/e-Construmarket

Pernambuco será o primeiro Estado brasileiro a consumir energia solar em larga escala. Em abril, a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, a Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Diper) e a empresa italiana Enel Green Power assinaram contrato para fornecimento comercial desse tipo de energia. “O Estado consolida sua posição de vanguarda no estímulo a fontes renováveis no Brasil. Os empreendimentos Fontes Solar I e II terão a capacidade de gerar 11 MW e serão construídos em Tacaratu, sertão de Itaparica”, afirma Jenner Guimarães do Rêgo, diretor-presidente da AD Diper. A cidade foi escolhida por ter irradiação solar propícia e também por ser o local onde já existe uma usina eólica em operação. Com isso, os custos serão reduzidos, pois será usada a mesma linha de transmissão.

O Estado [de Pernambuco] consolida sua posição de vanguarda no estímulo a fontes renováveis no Brasil
Jenner Rêgo

Pernambuco será o primeiro Estado brasileiro a consumir energia solar em larga escala. Em abril, a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, a Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Diper) e a empresa italiana Enel Green Power assinaram contrato para fornecimento comercial desse tipo de energia. “O Estado consolida sua posição de vanguarda no estímulo a fontes renováveis no Brasil. Os empreendimentos Fontes Solar I e II terão a capacidade de gerar 11 MW e serão construídos em Tacaratu, sertão de Itaparica”, afirma Jenner Guimarães do Rêgo, diretor-presidente da AD Diper. A cidade foi escolhida por ter irradiação solar propícia e também por ser o local onde já existe uma usina eólica em operação. Com isso, os custos serão reduzidos, pois será usada a mesma linha de transmissão.

EMPRESAS ENVOLVIDAS

Além da Enel Green Power, há outras empresas envolvidas no projeto, conforme destaca Rodrigues. “Também participarão a Kroma Energia, a Cone Concierge e a Sowitec”, diz o profissional, indicando que os contratos deverão ser assinados até o fim do primeiro semestre. Ao contrário do empreendimento da Enel, que é híbrido, os demais serão puramente de energia solar fotovoltaica.

CAPACIDADE DE GERAÇÃO EM PERNAMBUCO

Atualmente Pernambuco conta com 98 empreendimentos em operação, responsáveis por gerar 3,5 GW de potência. Está prevista para os próximos anos uma adição de 2,5 GW na capacidade de geração do Estado, proveniente de nove empreendimentos atualmente em construção e mais 39 em fase de planejamento. Os projetos Fontes Solar I e II estão na lista de construções ainda não iniciadas e serão responsáveis por cerca de 5,6% da potência total gerada por todas as fontes fotovoltaicas planejadas, que totalizam oito empreendimentos. Quando todas as plantas fotovoltaicas, que ainda estão no papel, estiverem concluídas, serão responsáveis pela geração de 188,5 MW.

Quando o projeto [do parque fotovoltaico] estiver concluído, a capacidade de energia gerada será de 78 MWp (fator de capacidade de 50%) eólicos e 11 MWp (fator de capacidade de 18%) solares, ou seja, 39 MW médios eólicos e 2 MW médios solares
Eduardo Rodrigues

Apesar do investimento, as usinas fotovoltaicas ocupam apenas o segundo lugar no ranking da quantidade de empreendimentos que começarão a ser construídos no futuro, em Pernambuco. Empatadas na vice-liderança estão as pequenas centrais hidrelétricas, também com oito projetos que gerarão 27,8 MW. A lista é encabeçada pelos parques eólicos, com 21 empreendimentos que gerarão 663,6 MW. Quando o assunto são os projetos cujas obras já estão em andamento, as usinas que aproveitam a energia dos ventos também se destacam, com oito empreendimentos que gerarão 228,3 MW.

Atualmente, o principal meio de produção de energia em Pernambuco são as usinas termelétricas, com 65 unidades em funcionamento por todo o Estado e que produzem 1,9 GW. Assim que todos os projetos estiverem concluídos, tanto os que já têm obras em andamento quanto os que ainda estão em fase de planejamento, o Estado contará com um total de 6,2 GW, dos quais aproximadamente 3% terão origem nas placas fotovoltaicas.

Leia também: As diferenças e vantagens das energias solar fotovoltaica e termossolar para residências

Colaboraram para esta matéria

Eduardo Azevedo Rodrigues – formado em engenharia elétrica pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), mestre em engenharia de produção pela mesma instituição e pós-graduado em comercialização de energia pela Universidade de Pernambuco (UPE). Atuou, entre outras instituições, junto aos Ministérios de Minas e Energia (MME) e Ciência e Tecnologia (MCT), ao Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), à Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) e a concessionárias de GTD. É secretário executivo de Energia do governo de Pernambuco, desde 2010, e vice-presidente de Energias Renováveis do Fórum Nacional de Secretários de Estado para Assuntos de Energia, desde 2013. Foi responsável pela realização do primeiro leilão de energia elétrica de fonte solar no Brasil e pela criação da primeira empresa comercializadora de energia elétrica empreendida por um governo estadual. É membro da Sociedade Brasileira de Planejamento Energético (SBPE), Comitê Nacional Brasileiro de Produção e Transmissão de Energia Elétrica (CIGRÉ-Brasil) e do American Solar Energy Society (ASES).
Jenner Guimarães do Rêgo – administrador de empresas formado pela Universidade de Pernambuco (UPE/FCAP) e mestre em administração pela Faculdade Boa Viagem (FBV). É funcionário de carreira do Banco do Nordeste do Brasil, onde, durante 30 anos, atuou em funções estratégicas como as de gerente de agências, gerente de crédito especializado, gerente de auditoria, gerente de logística, coordenador executivo do Crediamigo, gerente de recuperação de crédito e superintendente. Entre 2007 e 2010, foi presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Diper). Em 2011, assumiu a Secretaria Nacional de Fundos Regionais e Incentivos Fiscais do Ministério da Integração Nacional. Desde janeiro de 2014, está de volta à Diretoria da Presidência da AD Diper.