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Miniescavadeiras são ideais para trabalhos em áreas pequenas

Com dimensões menores em relação ao maquinário tradicional, equipamento é indicado para operações onde o espaço se revela fator limitante

Publicado em: 13/04/2021

Texto: Redação AECweb/e-Construmarket

Miniescavadeiras
Equipamento é capaz de aumentar a produtividade na obra (Foto: Maksim Safaniuk/Shutterstock)

Nos canteiros com espaço limitado, as miniescavadeiras permitem que as movimentações de terra sejam realizadas de maneira rápida, segura e eficiente. Com dimensões reduzidas, o equipamento consegue operar em lugares inacessíveis pelo maquinário tradicional. Seu sistema de esteiras, que substitui os pneus, possibilita deslocamentos sobre terrenos irregulares.

Cada vez mais, essas máquinas são usadas para aumentar a produtividade e diminuir o número de pessoas na obra
Guilherme Ferreira

“Cada vez mais, essas máquinas são usadas para aumentar a produtividade e diminuir o número de pessoas na obra”, diz Guilherme Ferreira, representante de Produtos & Segmentos da Volvo Construction Equipment Latin America. “Foram projetadas para atender determinadas operações-alvo. Se a situação estiver em conformidade com tais características, não há restrições para o seu aproveitamento”, completa Boris Sánchez, gerente regional de Suporte a Vendas da Volvo Construction Equipment Latin America.

De acordo com Etelson Hauck, gerente de Marketing de Produto da JCB, se combinadas a miniescavadeira e a minicarregadeira, é possível realizar o mesmo trabalho executado pelas retroescavadeiras. “A vantagem da retroescavadeira é que se trata de uma máquina dois em um. Já a miniescavadeira faz metade da atividade, porém em lugares onde o equipamento maior não chega”, compara. “O melhor uso da opção compacta vem justamente da análise do espaço disponível”, complementa Matheus Drumond, engenheiro de Aplicação da JCB.

“A logística desses equipamentos também é ponto de decisão na sua aplicação, pois podem ser transportados em caminhões de portes menores, cuja circulação é facilitada em centros urbanos — diferentemente de grandes veículos e combinações necessários para levar máquinas maiores”, comenta Guilherme Borghi, gerente de Suporte ao Cliente e ao Produto da Link-Belt.

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Tipos de mini escavadeiras

A vantagem da retroescavadeira é que se trata de uma máquina dois em um. Já a miniescavadeira faz metade da atividade, porém em lugares onde o equipamento maior não chega
Etelson Hauck

As miniescavadeiras disponíveis no mercado se diferenciam, basicamente, pelo seu peso operacional. Existem, por exemplo, equipamentos que operam com cargas de até 2,5 t, enquanto outros modelos são capazes de lidar com 8 t. “Há outras características técnicas importantes nesse tipo de máquina, como a capacidade de elevação e a profundidade alcançada”, detalha Sánchez.

As miniescavadeiras têm peso operacional mais baixo e centro de carga bem dimensionado, que reduzem o raio de giro dos equipamentos, permitindo que trabalhem em locais estreitos. Esses equipamentos, em geral, contam com motores a combustão e, portanto, não podem ser utilizados em ambientes fechados ou confinados.

Operação

O profissional devidamente treinado para operar equipamentos de grande porte, como a retroescavadeira, também é capaz de lidar com os compactos. Isso acontece porque os comandos de ambas as máquinas são muito semelhantes. “É necessário o mesmo nível de treinamento e conhecimento técnico”, afirma Hauck, destacando que o operador bem-preparado, além de garantir a qualidade do trabalho, também ajuda na manutenção do bom funcionamento da miniescavadeira.

“Existe o checklist diário, com as atividades que o operador precisa realizar antes de iniciar o trabalho. São ações como abrir o capô e verificar o nível de combustível; aferir a quantidade de óleo do motor; o estado dos filtros de combustível e de ar do motor; entre outras. Ou seja, é realizada uma análise total que ajuda a manter elevada a vida útil do equipamento e também a segurança”, detalha Hauck.

Drumond informa que os operadores estão evoluindo para o que o mercado chama de operador autônomo. “Esse é justamente o profissional que realiza o checklist antes de iniciar o trabalho. Vemos esse avanço em nosso mercado e caminhamos no mesmo nível que existe em outros países”, avalia. Assim, além de se dedicar à operação da miniescavadeira, esse profissional também tem participação ativa no bom funcionamento do equipamento.

Manutenção

Assim como todo equipamento, as miniescavadeiras demandam atenção com os procedimentos de manutenção. “Existem tabelas de verificações periódicas, de lubrificação e intervenções preventivas. Essas informações constam no manual”, afirma Borghi. “Não existe no mercado uma máquina que não peça manutenção. Quando falamos nesse procedimento, é o preventivo básico que envolve, por exemplo, troca de óleo e filtros”, completa Hauck, lembrando da importância de avaliar também os filtros do ar-condicionado, que, geralmente, são esquecidos.

Cada fabricante é responsável por definir a frequência ideal de manutenções preventivas. Em alguns casos, esse período pode ser de 250 horas, ou então, de 500 horas. “Uma periodicidade maior acaba reduzindo os custos para o usuário”, conclui Ferreira. Para o usuário, cabe estar atento e respeitar as diretrizes indicadas pelos fornecedores.

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Colaboração técnica

Guilherme Ferreira
Guilherme Ferreira — Graduado em Engenharia Mecânica pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. É representante de Produtos & Segmentos da Volvo Construction Equipment Latin America. Em sua posição, coordena diferentes projetos de produtos da marca, trabalhando na gestão do portfólio de produtos da marca na América Latina. Atua ainda no apoio à introdução de equipamentos nos distribuidores e nos clientes do Brasil e da região hispânica da América Latina.
Matheus Drumond
Matheus Drumond — Engenheiro Mecânico com MBA, possui sete anos de experiência em desenvolvimento de estudos para vendas e projetos estratégicos, elaboração de relatórios de vendas e marketing de produtos, suporte e forecast comercial, identificação e liderança de projetos de melhoria contínua, prática de ferramentas estatísticas e financeiras. Tem certificação Green Belt.
Etelson Hauck
Etelson Hauck — Gerente de Marketing de Produto responsável pela estratégia de preços e produtos, gerenciamento de inteligência de negócios e engenharia de vendas de todos os produtos JCB comercializados no Brasil (produção local e unidades importadas). Um dos líderes de uma equipe de vendas capaz de crescer 160% no volume de vendas em dois anos desde 2017.
Guilherme Borghi
Guilherme Borghi — Formado em Gestão de Produção Industrial e Gestão Florestal pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), bem como especializado em Estatística pela Universidade de São Paulo (USP) e em Aperfeiçoamento em Gestão Estratégica pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Já passou por grandes empresas, como a B&J Rocket e a Hoff Group, até chegar à gerência da Link-Belt, onde atua há sete anos. Com vasta experiência no setor de equipamentos, tem propriedade para falar sobre diversos assuntos deste mercado.
 
Boris Sánchez — Graduado em Engenharia Mecânica pela Pontifícia Universidade Católica do Peru, com pós-graduação na Universidade ESAN, em Lima. É o gerente regional de Suporte a Vendas da Volvo Construction Equipment Latin America. Em sua função, é responsável pelo portfólio de produtos da Volvo CE na América Latina. Também coordena o trabalho de introdução de equipamentos e o treinamento nos distribuidores e nos clientes do Brasil e da região hispânica da América Latina.