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Forro de drywall é versátil e durável

A especificação do sistema deve considerar o tipo da construção e as características particulares do local da obra

Publicado em: 26/09/2014Atualizado em: 15/06/2021

Texto: Redação AECweb/e-Construmarket

Gestão arquitetônica pode garantir mais qualidade aos projetosTexto: Gabriel Bonafé

O sistema de forro de drywall (chapa de gesso acartonado) é utilizado para dar acabamento na estrutura superior interna do projeto. Além de ocultar redes e dutos, também é capaz de atender exigências de desempenho acústico. Pode ser instalado em qualquer edificação, pois é fornecido em diversas configurações.

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A aplicação versátil, em contrapartida, requer mão de obra especializada — já que cada sistema possui propriedades e características únicas. “Se um dos processos não for executado em conformidade ou se um dos produtos for instalado de modo incorreto, pode-se comprometer todo o sistema”, avisa Marcelo Pedrosa, coordenador técnico da Gypsum Drywall e membro do Comitê Técnico da Associação Brasileira do Drywall.

Geralmente, o forro de drywall é fixado à cobertura ou a uma estrutura intermediária por meio de arames — de forma que, por baixo, fique visível somente o plano liso.

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FIXOS E REMOVÍVEIS

Existem dois sistemas para forros de drywall. O fixo – utilizado em obras como shoppings e salões –, possui textura lisa e pode ser plano ou desnivelado. “É modelado com partes mais altas, mais baixas e fechamentos verticais”, descreve o químico e mestre em habitação Carlos De Luca, gerente técnico da Associação Brasileira do Drywall.

Se um dos processos não for executado em conformidade ou se um dos produtos for instalado de modo incorreto, pode-se comprometer todo o sistema
Marcelo Pedrosa

O outro modelo, que é o forro removível, costuma ter a estrutura aparente, sendo ideal para ocultação de redes e dutos. “O forro removível pode ser facilmente levantado para manutenções periódicas”, explica De Luca.

A especificação do sistema deve considerar uma série de fatores, como o tipo da construção — residencial, comercial ou industrial — e as características particulares do local da obra, como, por exemplo, o tráfego intenso de veículos nas proximidades.

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EFICIÊNCIA ACÚSTICA

O forro de drywall também oferece diversas configurações para projetos que precisam atender desempenhos acústicos. É possível utilizar chapas perfuradas para absorção acústica; chapas duplas para isolamento acústico ou combinar o forro com camadas de lãs minerais ou de vidro.

Com essas opções, porém, a especificação para escolha certa deve ser mais precisa e rigorosa. “É preciso saber identificar qual é realmente a necessidade ou o desempenho esperado do sistema”, adverte Pedrosa. “Torna-se necessário ter conhecimento e critério no momento da especificação”, finaliza.

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CUIDADOS GARANTEM DURABILIDADE

“Muita gente pensa que, depois de algum tempo, o drywall começa a se desfazer”, conta De Luca. “Mas o material não tem prazo de validade”, afirma. O gesso, matéria-prima do produto, é obtido a partir de um processo de moagem e calcinação do minério de gipsita. Após a cristalização, vira uma espécie de pedra que resiste a tremores, vibrações e choques.

De Luca, no entanto, ressalta que é necessário evitar impactos e agressões para preservar a qualidade do material. E também cita alguns fatores que agridem o drywall e comprometem seu estado de vida. “Se houver vazamento em um duto instalado acima do forro, o respingo de água vai umedecer o material, formar fungos e embolorar”, exemplifica. “Esse é um dos casos que denomino agressão”, justifica.

Segundo Pedrosa, a resistência do forro de drywall às diversas condições a que ele ficará exposto está condicionada às propriedades de cada sistema. “Por esta razão, a correta especificação e instalação com mão de obra qualificada se torna necessária para que o sistema não seja exposto a condições adversas fora das condições normais de uso”, alega.

SUSTENTÁVEL?  Para De Luca, a avaliação da sustentabilidade de um produto deve considerar seu processo de produção. No caso do drywall, o método de obtenção do gesso que compõe a chapa pode ser considerado ecologicamente correto, pois não gasta muita energia. “A temperatura utilizada para calcinação é de 160°C”, revela.

Além disso, a instalação do forro de drywall garante redução de resíduos. “Os poucos (resíduos) gerados podem ser reaproveitados”, diz De Luca.

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NORMAS

Existem normas técnicas tanto para o sistema de forro de drywall quanto para seus componentes, como peças estruturais. Além disso, também existem as normas para projetos e instalação do produto.

De acordo com a Associação Brasileira do Drywall, há um conjunto de seis Normas Técnicas que estabelecem diretrizes para utilização correta do sistema. São as NBR 15.758-1, 15.758-2, 15.758-3, 14.715-1, 14.715-2 e 15.217. Acesse o site para saber mais.

Colaboraram para esta matéria

Carlos Roberto De Luca – Químico industrial pela Escola Oswaldo Cruz de São Paulo em 1966, Mestrado Profissional em Habitação pelo IPT –Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo — em 2002. Especialista em Drywall com 42 anos de experiência no setor de construção civil. Gerente Técnico da Drywall — Associação Brasileira do Drywall — e Gerente do Programa Setorial da Qualidade do Drywall ligado ao PBQP-H.
Marcelo Pedrosa – Coordenador técnico da Gypsum Drywall e membro do Comitê Técnico da Associação Brasileira do Drywall.