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Entenda as diferenças de aplicação de bombas hidráulicas

O equipamento pode drenar terrenos, deixando-os em condições perfeitas para a execução da fundação

Publicado em: 14/12/2016Atualizado em: 27/03/2023

Texto: Redação PE


Bomba hidráulica em planta industrial (Divulgação/ KSB Bombas Hidráulicas)

As bombas hidráulicas são equipamentos capazes de transportar fluidos de um ponto a outro, com ou sem sólidos em suspensão. Em geral, são aplicadas para bombear a água de poços artesianos, drenar terrenos e captar água de lençol freático, isto é, sempre que for necessário aumentar a pressão e a velocidade de escoamento de um sistema.

Existem diversos modelos de bombas no mercado, que se enquadram em duas mecânicas de funcionamento: centrífugas e volumétricas. As bombas centrífugas, ou turbo-bombas, movimentam o fluido pela rotação de um eixo a partir do seu centro e o expulsam pela ação da força centrífuga. Já as bombas volumétricas, ou de deslocamento positivo, movimentam por impulsão e obrigam o fluido a ocupar e desocupar espaços no seu interior.

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DIFERENÇAS E SIMILARIDADES

Eliana Santos, gerente executiva de vendas da Anauger, observa que as bombas volumétricas se notabilizam por fornecer carga de pressão extremamente elevada e operam com valores de vazão baixos. “A presença de ar no interior não prejudica seu desempenho, e sua produção é variável, gerando produtividade nas necessidades de bombeamento constante”, informa.

Tiago Rafael Niero, do centro de treinamento de produto da KSB Bombas Hidráulicas, acrescenta que elas são aplicadas principalmente no bombeamento de fluidos muito viscosos, como xarope, mel, óleos pesados, concreto; ou em sistemas de limpeza por jato de água, que demandam elevadas pressões, como túneis de concreto por exemplo. “O custo de operação é baixo em função do consumo de energia, quando comparado ao consumo das bombas centrífugas”, explica Niero.

As bombas centrífugas fornecem energia potencial (pressão) mais energia cinética (velocidade). Quanto maior for a vazão, menor será sua carga de pressão, e vice-versa. Elas são aplicadas em quase todos os segmentos de mercado, e sua estrutura varia de acordo com os diferentes processos de engenharia ou construção padronizada para aplicações menos severas.

“A presença de ar em seu interior influencia diretamente seu desempenho, porém sua produção é constante e confiável. Elas podem ser acionadas por motor a combustão, turbina ou motor elétrico (o mais aplicado)”, esclarece Niero.

Já as motobombas são idênticas às centrífugas, porém algumas pessoas as diferenciam para especificar o tipo de acionamento. "Ou seja, a motobomba é a bomba centrífuga com motor elétrico, enquanto a bomba a diesel é a centrífuga com motor a combustão”, define Niero.

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BOMBAS SUBMERSÍVEIS

As bombas submersíveis podem trabalhar submersas no líquido a ser bombeado. Nas necessidades de rebaixamento de lençol freático, executam a drenagem de um terreno onde se deseja construir a fundação de um imóvel, por exemplo, para proporcionar mais segurança e qualidade na conclusão da obra. A água pode ser captada no lençol freático e transferida para reservatórios e cisternas, de onde segue para utilização em abastecimento doméstico, pequenas irrigações, jardinagem e criação de animais.

Para esses casos, Eliana, da Anauger, recomenda bombas centrífugas de 4 polegadas para captação de água subterrânea em poços com grandes níveis de profundidade.

Tiago Niero, da KSB, explica que a especificação e o dimensionamento das bombas são feitos com base nas características do líquido a ser bombeado – como pH do líquido, quantidade, tipo e tamanho médio de particulados presentes, e volume que se deseja drenar. “Em geral, pelos custos de investimentos, as bombas têm grande aplicabilidade no mercado da construção civil”, diz.

CUIDADOS DE MANUTENÇÃO

  • Tenha sempre uma bomba reserva para as operações mais críticas
  • Nunca deixe a bomba principal ou reserva parada por mais de 30 dias. Gire o eixo ao menos uma vez por mês
  • Monitore o consumo de energia mensalmente. Em caso de aumento gradativo, verifique o alinhamento entre bomba e motor (se aplicável) e verifique as folgas internas. O motor também deverá ser inspecionado
  • Tenha sempre as peças de reposição em estoque. Os manuais indicam a quantidade recomendada para cada tipo de bomba centrífuga
  • Inspecione a válvula de retenção mensalmente. Ela não deve dar passagem contra o fluxo da bomba
  • Observe as recomendações de lubrificação do fabricante quanto à quantidade e qualidade de óleo ou graxa, bem como a periodicidade para substituição da carga total de lubrificante
  • Nunca recupere o corpo da bomba por meio de solda sem um laudo técnico
  • Nunca opere a bomba centrífuga por tempo prolongado contra a válvula de saída fechada

 Fonte: KSB Bombas Hidráulicas

COLABORAÇÃO TÉCNICA

Eliana Santos, gerente executiva de vendas da Anauger

Tiago Rafael Niero, do centro de treinamento do produto da KSB Bombas Hidráulicas