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Como instalar fitas de LED em sancas, corrimãos, degraus...

Dimensionamento da potência da fonte, conexão da fita de LED ao driver e aplicação na superfície são as três etapas principais. Veja outras recomendações

Publicado em: 31/07/2014Atualizado em: 17/10/2022

Texto: Redação AECweb/e-Construmarket

Texto: Graziela Silva

A fita de LED é opção tanto para iluminar quanto para decorar. O produto é uma fonte de luz flexível, vendido em metro linear, e que conta no verso com material adesivo para facilitar sua fixação. É indicado principalmente para aplicação em sancas, corrimãos, rodapés, degraus, espelhos e móveis. "Ela foi desenvolvida para contornar os mais diferentes tipos de superfície, com possibilidade de adaptação", diz o engenheiro Marcos Ellert, gerente nacional de vendas da Osram.


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Flexíveis, as fitas de LED se adaptam a superfícies curvas, criando efeitos cênicos interessantes. DIVULGAÇÃO OSRAM

Em termos de tecnologia, explica Ellert, a fita é constituída por uma placa eletrônica flexível na qual são inseridos LEDs ligados linearmente e que operam em baixa tensão – e contínua – de 12V ou 24V. "Para ligação na rede elétrica deve ser usado um driver compatível com a tensão e potência da fita", detalha.

Apesar de ser solução recente, o mercado brasileiro já é contemplado com boa diversidade do produto. Segundo o arquiteto Uirá Nóbrega, diretor de Projetos e Produtos da Universo LED, o padrão mais comum possui comprimento de cinco metros e é comercializado em diferentes larguras. Há opções distintas também quanto à potência, quantidade de LEDs por metro, blindagem e aplicações (ambiente interno, externo, aquático).

A paleta de cores disponível é ampla: branco quente, branco neutro, branco frio, âmbar, amarela, azul, vermelho, verde, entre outras opções monocromáticas, além do tipo RGB.

É importante observar a polaridade dos fios da fita e do driver, além de desligar a corrente elétrica, para evitar riscos de acidentes
Marcos Ellert

O sistema RGB é uma opção em que cada um dos LEDs possui as três cores aditivas, vermelho verde, azul, (red, green, blue, por isso RGB), que combinadas podem formar uma infinidade de outras cores.

O funcionamento desse tipo de produto, ressalta Uirá, demanda além da fonte transformadora de tensão (driver) um controle de pulso PWM, de forma que o usuário possa definir a cor desejada. “Para as versões monocromáticas, existe também a opção de dimerização.”

Além da variedade em termos de tipos e aplicações, a fita de LED ganha espaço em projetos de iluminação em função das características próprias à tecnologia dos diodos emissores de luz. Assim, entram na lista dos atributos do produto a alta durabilidade (35 mil horas, segundo o profissional da Universo LED), o baixo consumo de energia e a baixa emissão de calor.

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INSTALAÇÃO

A instalação da fita de LED é simples. Porém, é indicado contar com um profissional habilitado, principalmente se a opção for pelo uso da solda nas conexões elétricas. A montagem depende do tipo de produto escolhido, mas no geral as versões monocromáticas de cinco metros demandam:

- driver (fonte) compatível com a configuração da fita;
- plugue de tomada (caso a fonte não tenha);
- bornes (conectores) ou solda de estanho;
- acessórios de conexão, para quando forem utilizadas fitas ligadas em série;
- ferramentas e materiais elétricos, tais como chave de fenda, alicate, ferro de solda, fita isolante;
- tesoura, para realizar cortes na fita.

A cada 10 metros é necessário puxar um novo ponto de alimentação (que poderá sair da mesma fonte)
Uirá Nóbrega

ETAPA 1

Dimensionamento da potência da fonte - O equipamento converte a tensão da rede VAC (corrente alternada), de 110 ou 220V, para a tensão DC (corrente contínua) da fita de LED, de 12 ou 24V. Segundo Uirá, o cálculo deve considerar a potência necessária para alimentar a fita acrescida, por segurança, de 20% de margem. Assim, caso vá instalar fitas com 24W de potência, será necessária fonte de pelo menos 60W (24Vx2x1.2).

ETAPA 2

Conexão da fita à fonte - Caso o driver não tenha tomada, é feita a conexão entre os fios de alimentação elétrica e os do plugue. No lado oposto, utilizando o borne ou a solda de estanho, os fios de saída do drive são conectados aos da fita. “É importante observar a polaridade dos fios da fita e do driver, além de desligar a corrente elétrica, para evitar riscos de acidentes”, alerta Ellert.

A ligação de fitas em série exige atenção, já que não é recomendado conectar mais de duas fitas de LED. “A cada 10 metros é necessário puxar um novo ponto de alimentação (que poderá sair da mesma fonte)”, indica Uirá. “Caso contrário, a instalação poderá apresentar diferentes níveis de intensidade luminosa.

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Rolo de fita LED: produto mais comum tem 5 metros.
Opções variam em termos de potência, quantidade de LEDs,
cores, aplicações. DIVULGAÇÃO Universo LED

Finalizados os procedimentos, a fita está pronta para ligação na rede elétrica.

ETAPA 3

Aplicação na superfície - Após limpeza para eliminar pó ou sujeira, a fita de LED é colada no local desejado, utilizando a fita dupla-face presente em seu verso. “Para maior durabilidade, pode-se reforçar a fixação com cola fria de silicone ou com fita dupla-face mais potente”, indica o arquiteto da Universo LED.

Cortes, quando necessários, devem ser feitos sempre respeitando as orientações dos fabricantes, ou o produto pode ser danificado. No geral, o ponto de corte está localizado a cada três ou seis LEDs.

É BOM SABER

“No mercado existe uma infinidade de produtos com desempenhos totalmente distintos, principalmente quanto à blindagem do LED”, alerta Marcos Ellert, da Osram. O executivo ressalta que, por ser uma peça decorativa, o uso da fita é específico e tem limitações para grandes áreas abertas. “Também se deve levar em conta a proteção do produto antes de instalá-lo em locais de exposição à chuva e ao sol. Para isto existem fitas indicadas para uso interno ou externo.”


Colaboraram para esta matéria

Marcos Ellert – Formado em Engenharia Eletrônica na Escola de Engenharia Mauá, cursou pós-graduação em Marketing na Business School, em São Paulo, concluiu MBA Executivo na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) e cursou a BMI Cornell University, nos Estados Unidos. Na Osram, passou por diversos setores. Além de gerente nacional de Vendas, assumiu, em 2014, o cargo de chefe de Portfólio da América Latina para soluções em LEDs e Eletrônicos.
Uirá Nóbrega – Sócio-fundador e diretor de Projetos e Produtos na Universo LED. Formado em 2004 pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP), cursou pós-graduação, na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (POLI-USP) com ênfase em Eficiência Energética.