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Como fazer a manutenção e eventuais reparos em porcelanato líquido

Manutenção preventiva inclui limpar o piso, aplicação de cera, polimento e até lixamento da superfície. Método de reparo deve ser analisado conforme a intensidade

Publicado em: 16/10/2018Atualizado em: 15/06/2021

Texto: Redação AECweb/e-Construmarket

Manutenção dos porcelanatos passa por cuidados básicos durante o uso diário (Crédito: shutterstock.com / Filip Miletic)

O porcelanato líquido proporciona diversas vantagens ao ambiente, como excelente acabamento estético e assepsia. No entanto, para garantir alta durabilidade, desempenho e evitar patologias na superfície, o piso epóxi, como também é conhecido, requer alguns cuidados. “Os problemas mais comuns ocorrem tanto na execução, como durante o uso” afirma o engenheiro Caio Pereira, fundador do site Escola Engenharia.

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EVITANDO RISCOS NA SUPERFÍCIE

“Um dos problemas mais comuns do porcelanato líquido é o surgimento de riscos, que resultam da falta de cuidados durante o uso, como arrastar móveis ou entrar com sapato com pedras e areia no solado”, destaca Alexandre Osmar Soethe, técnico da JA Training Ltda..

Além de ficar atento a esses cuidados, outra forma de manutenção preventiva é a aplicação de adesivos de feltro na base dos móveis, impedindo o contato direto com a superfície. A aplicação de uma cera protetora específica para essa finalidade também auxilia na proteção e no acabamento estético do porcelanato líquido.

Um dos problemas mais comuns do porcelanato líquido é o surgimento de risco, que resulta da falta de cuidados durante o uso, como arrastar móveis e entrar com sapato com pedras e areia no solado
Alexandre Osmar Soethe

FISSURAS, TRINCAS E QUEBRAS

A ocorrência de fissuras, trincas e até mesmo quebras em porcelanato líquido também não é incomum. Pereira explica que, nesses casos, pode ser que o porcelanato tenha sido aplicado em áreas diferentes das recomendadas pelo fabricante ou tenha até mesmo sofrido impacto de objetos.

É importante analisar as especificações do produto com relação à intensidade de tráfego, local recomendado para uso e modos de aplicação. Geralmente os fabricantes sugerem a cera mais indicada para os porcelanatos líquidos. “A aparência pode ser melhorada com a aplicação de ceras recomendadas pelo fabricante. Também não se deve alterar a finalidade para o qual o piso foi projetado e nem se alterar o layout”, explica Pereira.

Leia também: O que é manutenção preventiva, preditiva e corretiva?

REPAROS

Por ter aparência monolítica, o reparo exige maiores cuidados para evitar discrepâncias nas características da superfície do revestimento. Por isso, caso o ambiente a ser reparado seja pequeno, recomenda-se a troca completa do porcelanato líquido, a fim de garantir uma estética homogênea e sem diferenças visuais de desgaste do revestimento.

Para casos de riscos mais leves, é possível realizar um reparo superficial, conforme sugere Soethe. “Para remover os riscos, é possível fazer o lixamento da superfície utilizando lixas a base d`água e uma lixadeira treme-treme ou manual. Depois, é necessário polir o revestimento utilizando uma politriz e finalizar o reparo com a aplicação de uma cera protetora.”

Pereira, por outro lado, defende a reaplicação do material, mesmo que parcialmente, realizando a troca completa do revestimento na área afetada. Para isso, é necessário seguir os passos:

1- Efetuar a delimitação e o corte geométrico da área que necessita de reparo.
2- Remover o revestimento danificado da região.
3- Reconstituir o revestimento com o mesmo material e utilizando os mesmos procedimentos para a aplicação.

Pode ser necessário realizar reparos em maior profundidade, adotando-se técnicas e materiais específicos fornecidos pelo fabricante. Pereira ainda alerta sobre a possibilidade de correções ainda durante a aplicação. “Se o reparo for no momento da aplicação, na execução do serviço, enquanto o material ainda possuir fluidez, podem ser efetuadas leves passadas de rolos”, conclui.

É aconselhável entrar em contato com o fabricante para verificar se o mesmo possui Plano de Coleta Reversa de seus materiais e embalagens usados
Caio Pereira

REMOÇÃO

A remoção do porcelanato líquido pode ser realizada de maneiras diferentes, porém, sempre por profissionais habilitados. O cuidado passa desde o uso dos EPI's necessários – como luvas, óculos de proteção e máscaras – até o cuidado para não danificar o contrapiso. “Deve-se aplicar um produto químico removedor de resina a base de solvente para amolecer o porcelanato líquido e, após pouco tempo, retirar rapidamente o revestimento com um tipo de rodo”, explica Caio.

Por se tratar de produto químico, o descarte dever ser realizado em locais apropriados. “É aconselhável entrar em contato com o fabricante para verificar se o mesmo possui Plano de Coleta Reversa de seus materiais e embalagens usados”, reforça Caio.

CUIDADOS

Para garantir a longevidade do porcelanato líquido, é de suma importância respeitar a classificação de tráfego indicada pelo fabricante. A limpeza também deve respeitar alguns itens, como utilizar água com temperatura de até 40°C, detergente neutro e pano macio. Não deve ser utilizado solventes durante a higienização do revestimento.

PORCELANATO LÍQUIDO 3D

Usado para aplicações com maiores apelos estéticos, o porcelanato líquido 3D requer os mesmos cuidados de manutenção exigidos na solução tradicional. No entanto, por contar com um adesivo por baixo de uma resina transparente, é necessário removê-lo, trocar toda a imagem e reaplicar o revestimento.

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Colaboração técnica

caio-pb
Caio Pereira  – Engenheiro civil formado pela Escola de Engenharia Kennedy e especialista em gerenciamento de obras e desempenho na construção civil. É o fundador do site Escola Engenharia e compartilha informações e conhecimento para estudantes da área e pessoas interessadas no assunto desde 2010.
Alexandre Osmar Soethe  – técnico na JA Training Ltda.