menu-iconPortal AECweb

Como comprar lâmpadas?

Conhecer os tipos de lâmpadas e identificar a melhor opção para cada ambiente é fundamental na hora de adquirir esses produtos. Confira dicas a seguir!

Publicado em: 05/12/2022Atualizado em: 08/12/2022

Texto: Redação AECweb/e-Construmarket

foto de uma pessoa trocando lâmpada no teto
Foto: Naparat/Shutterstock

Se antigamente comprar lâmpadas era algo muito simples, variando entre as incandescentes, halógenas e fluorescentes, com a chegada do LED tudo ficou parecendo mais complexo. Mas não é!

A arquiteta Simone Klein, titular da Klar, escritório de projetos de iluminação, explica que essas opções continuam sendo as mais utilizadas em residências. “Com o tempo, todas deixarão de ser fabricadas em grande escala nas versões antigas. Os soquetes permanecerão, mas com tecnologia LED e cor quente”, opina.

Tipos de lâmpadas

Lâmpada incandescente – foi a primeira inventada por Thomas Edison, em 1879. Ela tem alto consumo e dissipa muito calor, esquenta o ambiente e a luminária.

Lâmpada halógena – é menor e mais eficiente do que a incandescente. A maioria das halógenas tem o refletor em parábola, espelhado, concentrando o facho e criando uma luz de destaque dourada, como as lâmpadas dicroicas, Par 20, AR70 e AR111.

Lâmpada fluorescente – amplamente utilizada, tem uma luz agradável e baixo custo, porém contém mercúrio, que é prejudicial à natureza no seu descarte.

Lâmpada LED – A evolução da tecnologia das lâmpadas chegou em tempos recentes ao LED – um diodo, material emissor de luz. “A indústria de Iluminação e seus designers de luminárias têm desenvolvido e se superado a cada ano para a montagem de eficientes luminárias, ou seja, cada vez iluminam mais com menos consumo”, frisa Klein.

Lâmpadas para cada ambiente

As tubulares fluorescentes já foram a vedete dos ambientes corporativos e residenciais. No comércio em geral, as halógenas eram as mais utilizadas. “A vida útil maior e a redução na manutenção levou esses locais a substituir todas as lâmpadas pela tecnologia LED”, diz, recomendando os perfis de LED embutidos. Ou, ainda, a instalação de pendentes régua direto, com facho para baixo, e indireto, com facho para o teto. Se o ambiente tiver forro mineral, o ideal é optar por luminárias 60x60 cm em LED.

Em casa ou mesmo no escritório, a profissional indica tipos diferentes de facho para cada ambiente. Em cozinhas, dormitórios e banheiros, por exemplo, a escolha é por uma iluminação geral. Quadros, objetos decorativos e mesas de centro sobressaem no living com o uso das lâmpadas de destaque. O aparador deve receber uma luz indireta e a mesa de jantar, uma luz difusa, para não ofuscar.

“As lâmpadas de facho (dicróicas, AR 70 e AR 111, todas de LED) têm várias aberturas de luz, desde 12°, ou facho fechado, passando por 24° facho médio até 36° em diante com facho aberto. Assim, em ambientes de pé-direito duplo, usamos facho fechado para fazer chegar mais luz no piso”, ensina.

Cor das lâmpadas

Quando se pensa na cor da luz, é preciso saber que existe uma escala, a Kelvin (K). A luz branca e fria, por exemplo, tem 5000 K, e reflete a cor da luz do sol ao meio-dia, liberando o cortisol que mantém as pessoas ativas. “Não faz bem ao nosso ciclo circadiano, sistema que regula o organismo, nos expor à luz branca depois das 18h. Essa luz envia uma mensagem ao cérebro de que estamos ao meio-dia e não permite que o corpo libere o hormônio da melatonina, que é para relaxar e descansar”, expõe Klein.

Em todos os ambientes residenciais, é preconizado o uso de 3000 K, a luz de LED de cor quente. “Há, no entanto, a preferência cultural e pessoal pela cor das lâmpadas. Tem pessoas que gostam mais de luz branca, o que ocorre com frequência em locais quentes, como no nordeste do Brasil. E na Europa eles adoram lâmpadas de cor quente”, comenta.

Para além da cor, ao comprar lâmpadas é interessante atentar para o Índice de Reprodução de Cor (IRC), que deve sempre ser maior do que 90. “Independentemente de ser uma lâmpada de cor quente ou cor fria, pois quanto mais qualidade tem o produto, maior é seu IRC”, alerta.

Potência ideal

Para entender o quanto ilumina uma fonte de luz é preciso falar em lumens (LM). Essa é a medida de fluxo luminoso que identifica quantos lumens/metro tem a fita de LED, do perfil ou da luminária LED. Uma fita de LED decorativa tem 400 LM, por exemplo.

Para um cortineiro iluminado, projetado para iluminar também o ambiente e não apenas com função decorativa, Klein utiliza uma fita de LED com mais de 1500 LM por metro dentro do perfil, com difusor em acrílico leitoso. Para o perfil de LED acima da bancada da cozinha, o ideal são 800 LM por metro.

Iluminação confortável

Além das lâmpadas, a iluminação residencial deve prever algumas opções de acendimento em cada ambiente, para iluminar em camadas. As soluções que oferecem esse conforto e, também, eficiência são as arandelas, abajures, coluna de piso, luminárias de mesa e plafons, em modelos que escondam a lâmpada para o facho de luz não chegar no olho diretamente.

“Para ambientes comerciais de varejo, existem fabricantes com linhas de luminárias específicas para loja. Calculamos no programa alemão Dialux para chegar nos níveis de iluminação desejados, sem surpresas”, fala.

Dica importante!

Para especificar e comprar lâmpadas corretamente, é fundamental observar a procedência, a marca, se tem garantia, se já foi testada há um tempo e qual foi a aceitação no mercado. “Lembrando que o consumo reduzido de energia é uma preocupação atual, que norteia o desenvolvimento dos novos produtos”, afirma e finaliza: “Na dúvida, compre da melhor marca com bom tempo de vida útil e garantia”.

Leia também:
Como comprar piso vinílico
Como comprar boxe de banheiro

Colaboração técnica

Simone Klein – É arquiteta e urbanista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (2001), com pós-graduação em Iluminação Natural e Artificial na Fundação para a Pesquisa Ambiental – FUPAM/USP (2007). Filha de engenheiro eletricista, desde sempre se encantou com a magia da energia elétrica e da luz. Atuou em empresas de iluminação e criou, em 2004, seu próprio escritório de projetos, revenda e instalação de iluminação, e forro de gesso, onde permaneceu por 10 anos. Desde 2017 trabalha com o que mais gosta, projetos de iluminação residencial na Klar Iluminação, onde é titular.