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Coberturas de piscina oferecem proteção o ano todo

Estruturas podem ser executadas a partir de diferentes matérias-primas, de acordo com necessidades do usuário e características do projeto

Publicado em: 31/03/2016Atualizado em: 08/05/2019

Texto: Redação AECweb/e-Construmarket

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O policarbonato é um dos materiais que mais se destaca para cobertura de piscinas (Sushaaa/shutterstock.com)

As coberturas de piscinas têm funções que vão além de possibilitar o seu uso em dias chuvosos. Se bem projetadas e executadas, as estruturas podem funcionar como escudo contra raios ultravioleta, colaborar com a limpeza da água ao evitar a queda de impurezas carregadas pelo vento, e ainda proporcionar maior privacidade aos frequentadores.

Construir uma piscina total ou parcialmente coberta pode parecer tarefa simples, porém o profissional responsável pelo projeto encontrará no mercado uma vasta quantidade de opções, que incluem desde capas térmicas até sistemas retráteis com fechamento lateral.

Segundo Rodrigo Sbizero, diretor de Comunicação da Associação Nacional dos Fabricantes Construtores de Piscinas e Produtos Afins (Anapp), é possível separar as coberturas de piscinas em 11 diferentes grupos:

  • policarbonatos com estrutura em alumínio
  • policarbonatos com estrutura em aço
  • fechamento em vidro temperado, com estrutura reforçada devido ao peso do vidro
  • fechamento em policarbonato alveolar – semelhante ao vidro em termos de resistência, mas de baixa transparência
  • policarbonato compacto – semelhante ao vidro
  • retrátil motorizada com abertura de até 100% dependendo do projeto, ou ainda com abertura em partes, podendo ser acionada por controle remoto
  • customizadas – design, cor e tipo de estrutura sob projeto
  • deck retrátil muito utilizado em trilhos para cobertura de piscinas e ampliação da área do quintal/jardim
  • inflável
  • capa de proteção em vinil com cordas laterais fixadas no piso externo
  • capa térmica em plástico bolha reforçado que flutua na piscina

Entre tantas opções, os materiais que mais se destacam para a cobertura de piscinas são os policarbonatos (alveolar e compacto). “São mais resistentes do que o vidro e apresentam proteção contra raios ultravioleta, além de não propagarem as chamas em caso de incêndio”, afirma. Esse tipo de cobertura conta com estrutura de alumínio, para evitar corrosão, no formato de tubos retangulares e quadrados, que proporcionam baixo custo e resistência. O acabamento pode ser feito com pintura epóxi, composto que resiste às variações de temperatura, manutenções e limpezas.

Cada fabricante oferece soluções com propriedades singulares, como resistência às chamas, tratamento contra raios ultravioleta, corrosão, resistência a impactos e garantia
Rodrigo Sbizero

ESPECIFICAÇÃO

Os responsáveis pelo projeto da cobertura de piscina precisam conhecer profundamente os materiais empregados na construção do sistema, assim como suas características de envelhecimento e comportamento sob a influência de intempéries. “Cada fabricante oferece soluções com propriedades singulares, como resistência às chamas, tratamento contra raios ultravioleta, corrosão, resistência a impactos e garantia”, explica Sbizero. O ideal é que o projeto tenha sinergia entre o fabricante e o projetista, pois, assim, permitirá a especificação adequada em relação às necessidades do usuário e às exigências técnicas e de segurança.

Apesar de a cobertura de policarbonato com estrutura de alumínio ser a que apresenta mais vantagens, nem sempre essa opção é a mais acertada. "É importante analisar o projeto da piscina e levantar suas características. Com base nessas informações, são especificados os materiais ideais”, afirma o especialista.

Em projetos com estrutura robusta, é aconselhável aproveitar o aço como matéria-prima, levando em consideração os riscos de corrosão, aspectos de manutenção, facilidade na utilização e a movimentação, sempre mais pesada. “Cada cobertura tem que respeitar as características do projeto e a forma de utilização”, completa.

Dependendo do tamanho da piscina e da frequência de uso, é recomendável que o movimento das coberturas retráteis seja automatizado
Rodrigo Sbizero

De acordo com as necessidades, as coberturas podem ser fixas, retráteis ou automatizadas. “Dependendo do tamanho da piscina e da frequência de uso, é recomendável que o movimento das coberturas retráteis seja automatizado”, diz o especialista, destacando que essa alternativa está mais presente em academias, clubes e colégios, onde as piscinas têm tamanhos consideráveis. Já em obras residenciais, exceto as de alto padrão, o consumidor pode avaliar se opta ou não pelo sistema de automação, uma vez que os materiais empregados na construção das coberturas retráteis manuais são leves e de fácil manipulação.

QUALIDADE

Atualmente, ainda não há uma norma específica para coberturas de piscinas. Contudo, critérios de segurança e qualidade devem ser observados com base nas especificações dos fabricantes. “As empresas fornecedoras precisam atender ao Código de Defesa do Consumidor, apresentar as condições de uso seguro e garantias do produto”, ressalta o diretor.

É bom saber!

Solução também interessante é a construção de piscinas sob gazebo totalmente envidraçado. “Contudo, as características do projeto dependem da região em que ela está localizada e de suas dimensões. Essa alternativa é muito comum em piscinas instaladas nas coberturas de prédios, onde a incidência de ventos é alta, dificultando o uso da área de lazer”, finaliza Sbizero.

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Colaboração técnica

Rodrigo Sbizero – Diretor Comercial da Panozon Ambiental. É formado em Ciências da Computação, com MBA em Marketing e Estratégia Comercial pela Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep). Ocupa o cargo de diretor de Comunicação na Associação Nacional dos Fabricantes Construtores de Piscinas e Produtos Afins (Anapp).