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Aquecedores de água a gás aliam segurança, conforto e praticidade

Instantâneos ou de acumulação, apresentam vantagens em relação aos modelos elétrico e solar

Publicado em: 04/04/2014

Texto: Redação AECweb/e-Construmarket

Aquecedor a gásEstão disponíveis no mercado nacional os aquecedores de água a gás dos tipos instantâneos e de acumulação. “O primeiro funciona somente quando houver passagem de água pelo seu interior e possui modelos com sistema de exaustão natural, exaustão forçada e fluxo balanceado. Os de exaustão natural têm controles de temperatura e vazão manuais. Alguns modelos de exaustão forçada têm controle digital de temperatura, permitindo ao usuário definir qual a melhor para o seu conforto. Já os modelos de fluxo balanceado têm como principal vantagem a instalação no interior de banheiros”, explica Ricardo Mendonça do Amaral, diretor Técnico da Abagas – Associação Brasileira de Aquecimento a Gás.

Já os aquecedores de água de acumulação são constituídos por um reservatório que mantém a água aquecida. “O sistema funciona através de um controlador de temperatura regulado pelo técnico ou usuário. Esse sensor identifica a temperatura da água no interior do reservatório e, se necessário, libera o gás para o queimador, aquecendo a água”, comenta Amaral.

VANTAGENS E DESVANTAGENS

Os de exaustão natural têm controles de temperatura e vazão manuais. Alguns modelos de exaustão forçada têm controle digital de temperatura, permitindo ao usuário definir qual a melhor para o seu conforto. Já os modelos de fluxo balanceado têm como principal vantagem a instalação no interior de banheiros

De acordo com o diretor, os aquecedores de água a gás do tipo instantâneo têm como vantagem o tamanho reduzido, são compactos, além de consumirem gás apenas quando houver consumo de água. “Em alguns modelos o consumidor define a temperatura da água quente. O equipamento tem melhor eficiência, autonomia de água quente ilimitada e elevada durabilidade. E como desvantagem, há a dificuldade para uso simultâneo, como duchas e torneiras, e a necessidade de pressão da água para o funcionamento adequado”, informa.

Diferentemente do instantâneo, o aquecedor de água de acumulação permite uso, ao mesmo tempo, em diferentes pontos e não requer pressão de água elevada para funcionar. “Sua durabilidade também é elevada e permite reserva de água em uma temperatura superior a 70ºC. Como desvantagens, podemos citar a necessidade de maior área para instalação, menor eficiência e é preciso tempo para reposição da água quente”, comenta o diretor técnico da Abagas.

De acordo com Amaral, a maioria dos aquecedores comercializados está voltada para uso doméstico. “Uma pequena parcela possui características específicas para comércio e indústria. A principal diferença está nos componentes aplicados, que são mais robustos para poder suportar o maior número de horas trabalhadas e temperaturas mais altas do que no uso residencial”.

GÁS X SOLAR X ELÉTRICO

Uma ótima combinação é a utilização do aquecedor solar com o apoio a gás, uma vez que não é sempre que o sistema de aquecimento solar é eficiente, devido às condições climáticas ou consumo. Por isso, o solar requer um sistema de apoio para complementar a energia não disponível, e o aquecedor a gás supre tal necessidade de forma eficiente

O aquecimento a gás comparado ao solar tem melhor potência do sistema e manutenção da temperatura, mesmo em condições climáticas adversas. “Uma ótima combinação é a utilização do aquecedor solar com o apoio a gás, uma vez que não é sempre que o sistema de aquecimento solar é eficiente, devido às condições climáticas ou consumo. Por isso, o solar requer um sistema de apoio para complementar a energia não disponível, e o aquecedor a gás supre tal necessidade de forma eficiente”, afirma o diretor.

Quanto ao elétrico, segundo Mendonça, o aquecedor a gás apresenta melhor desempenho. “Proporciona banho com qualidade, mesmo em dias de frio intenso, pois consegue fornecer água quente em temperatura confortável e com bom volume, independente do chuveiro. Além disso, a eletricidade que é consumida para aquecer a água de banho pode ser usada para outras aplicações mais nobres e necessárias para a sociedade”, aconselha.

INSTALAÇÃO

Deve ser sempre realizada com uma empresa credenciada pelo fabricante do aquecedor. “O aquecedor deve ser sempre instalado com base em normas, legislação vigente ou especificações do fabricante. Atualmente está em vigor a NBR 13103 2013 e, além disso, algumas cidades e estados possuem legislação específica”, comenta Amaral.

As novas edificações, normalmente, já possuem ambientes devidamente adequados para receber tanto aquecedores de água como outros aparelhos que consomem gás. “Caso o local não tenha sido projetado para receber aquecedores de água ou outros equipamentos a gás, é fundamental que se procure um profissional habilitado para avaliar as adequações que serão necessárias”, diz o diretor.

Do ponto de vista de funcionamento de um sistema central – instantâneo ou acumulação –, de acordo com Amaral, é necessário antes de mais nada que a residência possua rede hidráulica própria para água quente, misturadores nos banheiros e demais locais de consumo. “Diferente do chuveiro ou do aquecedor elétrico instantâneo – onde cada ponto de consumo requer um equipamento instalado e de infraestrutura elétrica que suporte a carga, ao optar por aquecedores a gás, normalmente, é preciso apenas um aparelho para toda a residência. É necessário também que o local previsto para receber um equipamento a gás tenha ventilações mínimas que garantam a renovação de ar”, observa.

NORMA TÉCNICA

A norma técnica para ensaio de aquecedores é a ABNT NBR 8130 - Aquecedor de Água a Gás tipo instantâneo - Requisitos e Métodos de Ensaio. Atualmente, está em vigor, também, a portaria interministerial INMETRO nº 182, que estabelece as condições técnicas e de segurança para fabricação e importação dos aquecedores a gás no Brasil.

Segurança

“No mercado brasileiro todos os aquecedores possuem dispositivos internos para garantir a segurança do consumidor, tais como sensores de presença de chama, limitadores de temperatura, válvulas e sensores contra superaquecimento de água, entre outros”, afirma Amaral, que completa: “Além disso, o avanço tecnológico permitiu a introdução no mercado brasileiro do que há de mais seguro e inovador no mundo. Temos, atualmente, aquecedores de água com controle eletrônico do sistema, dispondo também de ventoinhas integradas que permitem melhor mistura entre o gás e o oxigênio, garantindo assim maior eficiência e baixíssima emissão de poluentes”.

Alguns modelos são do tipo fluxo balanceado que permitem a instalação no interior de banheiros, por possuírem chaminés duplas e serem herméticos, não dependendo do ambiente de instalação para obter oxigênio. “Entre outras inovações está a disponibilidade de controles remotos sem fio, aparelhos mais compactos e de alta eficiência”, reforça.

Manutenção

Recomenda-se fazer a verificação anual, que deve ser realizada por empresas credenciadas ou comprovadamente habilitadas, de todo o sistema e não apenas do aquecedor. “É preciso verificar além do aquecedor e seus componentes internos, os flexíveis de água e gás, dutos e terminais de exaustão, tubulação, reguladores e medidores de gás, e demais componentes inerentes à instalação. As verificações são importantes para aumentar a vida útil do sistema. Vale lembrar que a manutenção preventiva é opcional e o custo quando houver será de responsabilidade do consumidor”, explica diretor.

Colaborou para esta matéria

Ricardo Mendonça do Amaral – É diretor Técnico da Abagas - Associação Brasileira de Aquecimento a Gás desde 2011. Tem formação em Técnico Eletrônica e está cursando Gestão de Produção Industrial. Possui dois anos de experiência como técnico em eletrônica e sete anos como especialista em aquecedores.