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Papel de parede – dos vinilizados aos 3D

Opções não faltam para quem quer revestir a parede da casa ou do escritório com esse material que tem cores, padronagens e efeitos diversos

Publicado em: 31/01/2014

Texto: Redação AECweb/e-Construmarket

Revestimento para área molhada

Os papéis de parede são uma ótima opção para quem quer mudar a cara de um ambiente: são fáceis de instalar, de limpar e esbanjam beleza. Por isso são tão usados para revestir paredes de salas de estar e jantar, quartos, lavabos, corredores, hall, escritórios etc. “Eles complementam a decoração e refletem o estilo do proprietário do imóvel: clássico, retrô, moderno etc.”, diz a designer de interiores Eloisa Rosseto.

Tendências

Hoje, quem opta por esse revestimento para as paredes de uma casa, de um escritório ou de qualquer outro tipo de espaço se depara com muitas opções: lisos e com cores fortes, com estampas variadas, texturizados que imitam diversos materiais (pedras, cortiça, madeira, palha, bambu, couro etc.) e até 3D. Essa tecnologia, que faz com que o papel ‘ganhe’ volume, é bastante usada nos modelos com temas infantis. “O papel em 3D deixa o ambiente carregado de emoção”, justifica Juan Caballiero, sócio da fábrica de papéis de parede argentina Muresco.

Há, ainda, opções de papéis naturais vinílicos com detalhes que imitam couro de vaca, jacaré etc., pedras e bambu. Eloisa Rosseto adiciona à lista de padronagens os papéis que imitam madeira, os que imitam renda, os com detalhes de gesso, os brilhantes e os iluminados. “Entre os importados, é possível encontrar até papel que mede o gasto de energia do local, que segura o sinal do wi-fi e com LED”, informa Rafael Trindade, diretor de desenvolvimento e marketing da fabricante de papéis de parede Bobinex.

Vinílicos ou vinilizados?

Os papéis de parede podem ser classificados em dois tipos de acordo com a sua superfície: vinílicos e vinilizados. Veja, a seguir, as principais diferenças entre eles:

Vinílico

1. A base pode ser de celulose (80% dos vinílicos têm essa base), gaze (telada) ou non woven (celulose + poliéster). Para Caballiero, da Muresco, a base de celulose é melhor porque é delaminável, ou seja, na hora de trocar o papel basta retirar a parte plástica e instalar o novo papel sobre a penugem que ficará na parede. O ponto positivo do non woven é o preço, mais baixo que o de celulose;
2. Recebe uma camada de vinil (PVC maleável);
3. A impressão é feita com tinta vinílica;
4. Sua aparência é mais artificial se comparada à do vinilizado;
5. É impermeável;
6. É 100% lavável (a limpeza pode ser feita com bucha, esponja ou escova embebidos em sabão neutro, detergente ou água, ou com aspirador de pó);
7. É resistente;
8. É mais caro que o vinilizado (um vinílico básico costuma custar o dobro de um vinilizado básico);
9. Dura quatro vezes mais que uma boa pintura (12 anos);
10. Nesse tipo de papel é possível criar texturas que os vinilizados não permitem (imitação de tecidos, couro, pedras, bambu etc.).
11. Por ser lavável, é indicado para lugares onde circula muita gente, como áreas comerciais, e quartos de criança.

Vinilizado

“É o papel tradicional com um upgrade”, define Caballiero.
1. Sua base é 100% de celulose;
2. É sustentável;
3. Sua aparência é natural;
4. A impressão é feita com tinta vinílica ou acrílica;
5. Recebe uma camada de verniz;
6. É limpável, mas não lavável (pode ser limpo com aspirador de pó ou pano levemente úmido. Só é preciso ter cuidado para não encharcar o pano, pois como é colado com cola solúvel em água, pode descolar).
7. É mais barato que o vinílico.
8. Dura o dobro de uma boa pintura (entre cinco e seis anos)

Instalação fácil, rápida e limpa

A técnica para instalação é a mesma para vinílicos e vinilizados. Ambos possuem um adesivo, a diferença é que o do vinílico é mais forte, pesado e resistente. Embora a aplicação seja simples, os fabricantes recomendam que ela seja feita por um profissional, porque, no caso dos estampados, é preciso ‘casar’ o desenho para que o acabamento fique impecável. “Se o papel for liso é mais fácil. É só pegar o início do rolo, desenrolar até o fim e cortar”, explica Trindade, da Bobinex.

Para calcular a quantidade, Trindade ensina a seguinte fórmula: m² da parede dividido por 4 (se o papel tiver desenho) e m² da parede dividido por 4/2 (papel sem desenho). Eloisa Rosseto lembra que há uma porcentagem de perda por causa do desenho, então, dependendo do tamanho da parede é preciso comprar dois rolos”.

Como cuidar

Caballiero atenta para os vícios de limpeza: “Ao esfregar o papel de parede com a ponta do dedo enrolado num pano úmido cria-se um polimento, uma mancha brilhante. O correto é fazer movimentos circulares de leve com um pano úmido”. “E quanto mais rápido a limpeza for realizada, mais facilmente a mancha será removida”, acrescenta. Segundo o sócio da Muresco, nos vinilizados é possível retirar a sujeira que fica próxima aos interruptores e portas, manchas de café, ketchup etc. Já nos vinílicos, que são laváveis, até sujeiras mais pesadas como graxa podem ser removidas.

Custo-benefício

Os preços variam bastante, de acordo com o tipo do papel (vinílico, vinilizado, base de celulose, non woven), da estampa, se é nacional ou importado. “Os importados, os que são feitos de seda e os que funcionam como painel, pois podem receber moldura, custam mais caro”, exemplifica.

De acordo com Caballiero, os preços variam de acordo com a gramatura do papel (quanto maior a gramatura, mais caro), o grau de sofisticação do acabamento dos vinilizados (itens nacarados, dourados e prateados encarecem o produto) e quantidade de vinil e colocação de pedras, fios de ouro etc. nos vinílicos.

Colaboraram para esta matéria

Juan Caballiero – Administrador de empresas e trabalha na área de papel de paredes há 47 anos. Hoje, é sócio da fabricante argentina de papéis de parede Muresco (www.muresco.com.br).
Eloisa Rosseto – Designer de interiores há 25 anos. Fez o curso técnico de Decoração na ET Carlos de Campos e, depois, cursou Arquitetura e Urbanismo na Universidade São Judas. É associada à Associação Brasileira de designers de Interiores (ABD). www.eloisarosseto.com.
Rafael Trindade – Formado em Economia pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e diretor de desenvolvimento e marketing da Bobinex – fabricante de papéis de parede (www.bobinex.com.br) - há três anos.