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Soldagem requer bons equipamentos e profissionais detalhistas

Embora as técnicas sejam fáceis, operadores precisam aplicar processos corretos para um acabamento de qualidade

Publicado em: 17/02/2016Atualizado em: 04/04/2016

Texto: Redação PE

Redação PE

A soldagem é um modo rápido de ligar permanentemente fios e circuitos elétricos, com ferramentas simples e técnicas fáceis de aprender. Mas requer profissionalismo, procedimento e equipamento adequado. De acordo com Rogério Pechi, diretor geral da Rothenberger do Brasil, hoje a tendência é utilizar máquinas com controle numérico, em que se pode controlar o processo de soldagem de forma completa e segura.

Os equipamentos atualmente disponíveis no mercado que mais qualificam um trabalho possuem controles de parâmetros e sistemas CNC (Controle Numérico Computadorizado), em que se pode imprimir um relatório após a solda.

“Fornecemos equipamentos com sistema CNC incluindo parâmetros de tempo de fusão e resfriamento”, conta Pechi. “Com essa tecnologia é possível informar o endereço da obra, trecho da solda, nome do operador, número da carteira de soldador, entre muitos outros parâmetros que garantem a segurança do processo. Ao término, pode-se emitir um relatório que certifica se a solda está correta ou não”, informa.

De acordo com Pedro Luiz Arias, diretor comercial da Retifort Retífica de Motores, é importante selecionar a solda correta para cada trabalho de modo a não comprometer a qualidade do serviço. Isso exige cuidado e boa formação profissional. “As embalagens facilitam a seleção do produto correto pois são codificadas com cores pelo tipo de solda para onde é destinada”, observa Pedro.

O departamento de comunicação do Grupo Alent – Solda Best, especifica que o diâmetro dos fios de solda com fluxo interno e sólido varia de 0,5 – 2,4. O profissional seleciona o diâmetro com base no tamanho da união soldada que será executada. Segundo a empresa, as ligas de estanho e chumbo são as mais utilizadas e nesses casos, o conteúdo da liga é expresso em porcentagem desses dois componentes, com o conteúdo de estanho sempre listado primeiro. Por exemplo, solda para uso geral 60/40, tal como a solda em fio com resina (189 MSX 10) tem 60% de estanho e 40% de chumbo.

Combine corretamente as soldas, peças, fluxos e soldagem

As soldas são escolhidas conforme a peça a ser soldada, e os fluxos devem estar de acordo com a soldagem. Para alcançar um padrão de qualidade, é preciso conseguir a combinação correta desses itens. De acordo com o Grupo Alent, se as superfícies a serem conectadas estiverem limpas e isentas de ferrugem, sujeira e graxa, então a maioria dos serviços de soldagem pode ser executada com solda em fio com resina (fio de solda com fluxo interno). A utilização de solda com fluxo interno, como a 183 MSX, 189 MSX, 212 MSY, 235 MSY, 267 MEY, assegura a combinação correta de materiais que produzirão os resultados desejados.

Luiz Carlos de Souza Freitas, da Soldas Freitas, empresa especializada em soldagem em ferro fundido e alumínio, acrescenta que é importante o uso do material adequado para esse trabalho. “O soldador é um profissional que precisa se preocupar com o resultado final, de modo que as pessoas não consigam perceber marcas de onde foi feita a solda, de tão perfeito o acabamento”, ressalta.

Para Luiz Carlos há uma diferença crucial entre soldadores e quem apenas derrete eletrodo. Ele conhece vários tipos de equipamentos de soldagem, mas chama a atenção para a escolha correta no que diz respeito às necessidades da empresa. “É indispensável uma pesquisa para encontrar equipamentos com características que mais se adequam ao dia a dia, por isso o dimensionamento é prioritário”, aconselha.

Soldagem precisa de mão de obra aperfeiçoada

Rogério Pechi, da Rothenberger, observa que a educação no Brasil não tem acompanhado a evolução tecnológica. Para ele, é preciso incentivar instaladores e empresas de instalação de polietileno a treinarem seus funcionários em escolas de formação profissional, para utilizarem melhor as tecnologias disponíveis. “Percebemos no mercado o desrespeito dos processos de soldagem, principalmente pela desinformação e falta de treinamento adequado dos operadores”, diz.

“Outro fator que inviabiliza o uso das novas tecnologias é o risco cambial que empresas enfrentam atualmente, embalado por uma economia instável que, muitas vezes, limita a entrada de novos produtos no mercado brasileiro devido aos custos elevados”, acrescenta Pechi.

Para uma soldagem perfeita, ele destaca a importância de se utilizar equipamento de primeira linha com certificação de calibração e aferição, soldador qualificado e treinado por escola técnica, respeito às normas de segurança, utilização permanente de equipamentos de apoio e ter um grupo gerador de energia adequado.

Luiz Carlos, da Soldas Freitas, ressalta a importância de seguir as normas de segurança: “Utilizar máscara, avental, luvas, entre outros itens de proteção individual é imprescindível, assim como o uso de exaustão no local é importante para absorver a fumaça liberada pela solda”, finaliza.

 

Colaboraram para esta matéria

Luiz Carlos de Souza Freitas - da Soldas Freitas

Pedro Luiz Arias - Diretor comercial da Retifort Retífica de Motores

Rogério Pechi - Diretor geral da Rothenberger do Brasil

Departamento de comunicação do Grupo Alent – Solda Best