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Furadeira elétrica ou pneumática: qual utilizar?

Determinante para a produtividade na obra, a escolha da furadeira certa deve ser baseada no tipo de serviço a ser realizado. Saiba o que considerar

Publicado em: 06/06/2014Atualizado em: 13/08/2019

Texto: Redação PE

Destinada a operações manuais como furar, escarear, alargar, rebaixar e rosquear, a furadeira é um equipamento com produtividade estritamente relacionada ao local onde será utilizada na empresa. Mas, para isso, é necessário entender como sua aplicação deve ser “pensada”, para que ela seja aplicada com melhor desempenho.

A diferença entre os modelos elétricos e os pneumáticos é basicamente o sistema que os faz funcionar – os primeiros com eletricidade e os outros com ar pressurizado, filtros e óleo para fazer a lubrificação do sistema.

Sendo assim, as furadeiras pneumáticas são as mais indicadas para trabalhos em linhas de produção, devido à grande quantidade de perfurações e de parafusos. Já em canteiros de obras, as mais utilizadas são as elétricas, porque o sistema pneumático depende muito de compressor, o que também encarece seu emprego.

“As pneumáticas são ideais onde o acesso à energia é dificultado, além das linhas industriais”, orienta Daniel Leite, responsável pela marca Bosch de Ferramentas Elétricas para o Brasil. “A longo prazo, são as mais baratas na utilização. O problema é que a maioria das empresas não realiza a manutenção adequada do sistema, e isso acaba fazendo com que essas máquinas estraguem com mais facilidade”, diz.

Para ele, no mercado de furadeiras elétricas, atualmente, a tendência é crescer a oferta de produtos menores, mais leves e com maior potência, de forma a aumentar a produtividade com melhor ergonomia e desempenho.

“Estamos fazendo uma reformulação completa da nossa linha de furadeiras para tornar o design atualizado, com peso e tamanho reduzidos, aumentando a potência. Os produtos da Bosch introduzidos no Brasil são os mesmos encontrados nos mercados mais desenvolvidos. Hoje nossas furadeiras são fabricadas na Europa, na Ásia e no Brasil, em unidades próprias.”, explica.

De acordo com Daniel, os mercados desenvolvidos estão cada vez mais interessados em equipamentos de tecnologia avançada e pagam o preço que ela requer. Já os emergentes priorizam produtos que possibilitam a melhoria de desempenho no trabalho, sem necessariamente dispor de alguns recursos que encarecem o produto. “No Brasil, a Bosch tem produtos para atender os diversos públicos, conforme a necessidade do usuário.”

Durabilidade exige cuidados

A furadeira é um produto robusto. Quando há problemas, eles geralmente estão relacionados ao mau uso da máquina, adaptada para trabalhar em um determinado nível de esforço. Há situações, durante algum trabalho, em que o usuário acha necessário fazer pressão e força com a furadeira. Ao fazer isso, ele acaba sobrecarregando o motor da máquina, ocasionando queima de motor e de bobina. “Não é necessário forçá-la”, aconselha Daniel.

Outra coisa que acontece muito é o rompimento de cabos. Em vez de a pessoa pegar a máquina pelo punho, costuma puxá-la pelo cabo elétrico. Além disso, a furadeira não pode ficar jogada, porque, caso entre sujeira no seu interior, no induzido e na bobina, isso pode causar um rompimento no sistema.

“Imagine uma pedra pequena passando por um fio de cobre rodando a 4.000 giros. A probabilidade de danificar o motor é muito grande. Como a máquina tem a entrada de ar para permitir o resfriamento do motor, se não houver cuidado, a vida útil do produto diminui”, alerta Daniel.

Lubrificação e manutenção nas pneumáticas

  • Verificar o óleo do depósito, tirando o “bujão de óleo”.
  • Purgar (drenar) a mangueira de ar, para eliminar a água da instalação ou eventuais impurezas.
  • Verificar a pressão do ar, que deverá ser mantida entre 80 a 100 libras (6 a 7 kg/cm2), medida na entrada da máquina, com esta em funcionamento.
  • Usar mangueira de ∅ 3/8” para distância até 20 metros. Para distâncias maiores utilizar mangueira de maior diâmetro.
  • Não usar alavancas para pressionar a furadeira. O esforço transmitido deverá ser apenas manual.
  • Turbina, regulador e redutor: colocar óleo no depósito, pelo “bujão de óleo”, a cada oito horas de serviço contínuo. O uso de lubrificador de linha dispensa essa operação.
  • Lubrificar o “regulador”, os “rolamentos da turbina” e o “redutor” a cada semana de serviço contínuo, colocando graxa pelo “bujão engraxadeira”.
  • Fazer uma revisão completa a cada quatro meses de serviço contínuo, desmontando e montando a máquina.
  • Não deixar a furadeira parada por mais de uma semana, sem revisão e nem lubrificação prévias.

 

Entenda melhor esse equipamento

  • Furadeira de base magnética: muito útil na manutenção, pode ser usada em muitas situações em que não seria possível deslocar uma furadeira convencional ao local da obra. O motor pode ser alimentado por eletricidade ou por ar comprimido, e a base magnética é ligada no momento em que será efetuada a operação e desligada após o seu término.
  • Furadeira radial: é destinada à furação em peças grandes em vários pontos, dada a possibilidade de deslocamento do cabeçote. Possui avanços automáticos e refrigeração da ferramenta por meio de bomba.
  • Furadeira portátil: é transportada com facilidade e pode operar em qualquer posição.
  • Acessórios: mandril porta-brocas, jogo de buchas de redução, morsa, e cunha para retirar mandril, brocas e buchas de redução.
  • Condições de uso: a máquina deve estar limpa, o mandril em bom estado, a broca bem presa e centrada.