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Equipamentos ditam produção em obras de concretagem

Desde o preparo até aplicação do concreto, é preciso fazer o dimensionamento correto das carregadeiras, betoneiras e bombas

Publicado em: 22/12/2015

Texto: Redação PE

Redação PE

Os equipamentos são decisivos na atividade de produção e aplicação de concreto. Por ditarem a produtividade desde o preparo nas usinas até o bombeamento no local da obra, é preciso um olhar atento para as características da frota empregada nessa atividade, bem como suas respostas às operações.

As pás carregadeiras, por exemplo, são essenciais para abastecer caixas ou balanças de agregados (como areia e brita), além do empilhamento nas baias em que o concreto é produzido. Como esse trabalho é realizado no início do processo de produção, a boa utilização da máquina garante melhor rendimento em toda a atividade de carregamento na central de produção.

Pablo Sales, especialista de pás carregadeiras da Case Construction Equipment, orienta que a obtenção de melhor produtividade une as boas práticas operacionais a uma máquina com configuração certa para a aplicação. A fabricante possui seis modelos de pás (W20E, 621D, 721E, 821E, 921F e 1021F), que vão de 10.089 kg a 24.399 kg de peso operacional.

“São imprescindíveis pneus adequados ao terreno, caçamba própria para penetrar rapidamente na pilha de agregados, e a máquina, preferencialmente, equipada com Ride Control, um sistema de amortecimento do braço que evita perda de material durante o transporte, além de aumentar a quantidade de material carregado por ciclo”, diz Sales.

Autobetoneiras – Concreto sobre rodas

Ao transportar concreto em autobetoneiras, é preciso ter um cuidado especial com relação à dirigibilidade do veículo, principalmente nas curvas, pois o centro de gravidade da carga é alto e ela está sempre em movimento jogando peso lado a lado.

A quantidade de giros do tambor para melhor homogeneidade do concreto normalmente é fixado em 14 giros por minuto. Por isso o operador deve homogeneizar a carga antes de sua aplicação ou descarga, principalmente em carregamentos com centrais dosadoras.

É preciso redobrar a atenção na inspeção visual interna do tambor. “Muitas vezes o operador sobe na área da escada de inspeção e olha para dentro do tambor. Isso é muito perigoso e causa sério risco de acidente”, alerta o presidente da Schwing-Stetter, Ricardo Lessa. “Colocar água em excesso no concreto em agitação, principalmente quando se utiliza centrais dosadoras, prejudica a qualidade. O concreto tem validade, por isso operadores devem tomar cuidado para não exceder esse time e acabar prejudicando a qualidade do produto”, diz.

Ter atenção com a limpeza interna do tambor é outro item essencial, principalmente com a qualidade das hélices de agitação, pois um tambor com concreto aderido à superfície interna do tambor ou hélice desgastada e prejudica diretamente a agitação da mistura.

Fabricantes montam betoneira automática

No mês de agosto, a Allison Transmission apresentou na Concrete Show um caminhão MAN Constellation 26.280 6x4 equipado com uma transmissão automática da série 3000™, dotado de uma betoneira produzida pela Liebherr.

"A parceria estabelecida entre as três empresas resultou numa betoneira que vai superar as expectativas dos frotistas", informou Antonio Carlos Novaes, gerente de marketing da Allison Transmission para a América do Sul. Ele frisa que o transporte de concreto é uma atividade extremamente exigente e desgastante para caminhões. Os frotistas de concreto em todo o mundo estão optando pelas transmissões automáticas.

“As betoneiras equipadas com transmissões automáticas aceleram mais rapidamente do que aquelas com transmissões manuais ou semi-automáticas. Elas mantêm velocidades médias altas, o que se traduz em viagens rápidas e produtividade”, informa Novaes.

A Liebherr Brasil é atualmente uma das maiores fabricantes de betoneiras da América Latina, com capacidade produtiva de 3 mil unidades anuais. “A produção no Brasil se iniciou em 1987. Desde então, a fábrica passou por diversas modernizações a fim de sempre estar na vanguarda do mercado.”, afirma Marco Antonio Correa Cesar, gerente de produção da área de Tecnologia do Concreto da Liebherr Brasil.

Vantagem do bombeamento

Para bombeamento em altura é recomendado no mínimo 6 metros de distância do início da subida vertical, segundo Luiz Polachini, gerente comercial da Schwing-Stetter para a América do Sul. “Para bombeamentos verticais é importante que a linha de distribuição esteja muito bem fixada. Recomenda-se na primeira curva de saída vertical a colocação de um bloco de concreto, com o objetivo de absorver os ciclos de bombeio na linha de distribuição”, acrescenta Polachini.

O especialista enfatiza que a linha de bombeamento e distribuição do concreto seja montada com tubos, acoplamentos e guarnições que não apresentem defeitos ou desgastes excessivos, sendo constantemente vistoriada pois a perda de finos causa entupimentos.

A montagem e posicionamento da bomba estacionária para concreto na obra sempre devem ser avaliados com objetivo de obter o melhor desempenho do equipamento e evitar entupimentos na linha de distribuição.

Colaboraram para esta matéria

 

Antonio Carlos Novaes - Gerente de marketing da Allison Transmission para a América do Sul

Luiz Polachini - Gerente comercial da Schwing-Stetter para a América do Sul

Marco Antonio Correa Cesar - Gerente de produção da área de Tecnologia do Concreto da Liebherr Brasil

Pablo Sales - Especialista de pás carregadeiras da Case Construction Equipment

Ricardo Lessa - Presidente da Schwing-Stetter